domingo, 24 de setembro de 2017


As Elites se Fazem Presentes

 

                            Já vimos neste Livro 119, artigo Lei e Guerra, que as elites contém o povo com um dique-lei que deixa vazar produtivamente de modo a produzir energia psicológica que desenha os espaços futuros populares geográficos, evitando as guerras que tenderiam a vir. As elites extraem energia dos povos e os organizam para produção segundo o PROJETO NACIONAL, auspiciosamente vivendo em harmonia produtivorganizativa.

                            Assim, as elites SE FAZEM PRESENTES, quer dizer, trazem os futuros letais onde estariam em guerra com o povo até o presente para um acordo com o passado e seu projeto-de-extração. Se agirem bem permanecem e se não o dique-legal é rompido e o passado vaza tumultuadamente rumo ao futuro, em conflito revolucionário DE SUBSTITUIÇÃO DAS ELITES; uma revolução entra em curso, o choque se dá, as águas vazadas arremetem e destroem tudo no caminho, como em 1917 na Rússia, em 1949 na China, em 1959 em Cuba e assim por diante.

                            Esse dique pode ser muito duro e incontestável, a ditadura, quando a voz e os trejeitos populares caóticos são superordenados e condenam quase todos à inexpressividade; e pode ser macio e sábio, quando as elites conseguem um planejamento psicológico (das figuras ou psicanálises, dos objetivos ou psico-sínteses, das produções ou economias, das organizações ou sociologias, espaçotemporais ou geo-históricas) consistente e duradouro. Em vez de extrair demais, tudo de uma vez só, como no Brasil, elevando excessivamente a contenção, contentam-se com menos e pressionam menos o povo.

                            Revoluções são sempre denúncias d’excesso extrativista das elites locais e de sua incompetência na ENGENHARIA PSICOLÓGICA (que compreende a engenharia econômica e a engenharia sociológica), quer dizer, que o passado das elites e o futuro do povo não se encontraram como presente satisfatório para ambos os lados: que o passado puxou demais para si e para os prazeres da carne das elites.

                            Revoluções denotam que as elites foram burras, estúpidas, ignorantes, exigentes demais, para além da capacidade produtiva do povo. Jocosamente, que colocaram carga demais no animal de tração; com isso as costas do burro não suportaram e arriaram. Bem feito para elas (porque as elites são instrumentos de construção do povo e é o povo que interessa: as elites de agora são os povos do passado que foram construídos).

                            Vitória, sexta-feira, 13 de maio de 2005.

             

                            UM DIQUE


EXTRAÇÃO DE ENERGIA HISTÓRIA DO POVO PELAS ELITES


O LAGO É A NAÇÃO-HISTÓRICA (é o povelite ou cultura em produçãorganização histórica-passada, candidata a futuro-espaço de continuação)

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