Vivendo
à Larga
Minha vida parece ter sido planejada em vasta
escala.
Até os nove anos, em Cachoeiro do
Itapemirim.
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Pobreza (mas não miséria, os pobres não se
rendem, continuam a lutar, não recebem esmolas), grandes agruras, pouca
proteína.
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Dos nove aos 17 anos, em Linhares.
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Carne de boi e de vaca de todo tipo (verde,
salgada), carne de porco (verde, salgada, linguiça), de galinha (inclusive de
Angola), de pato, de marreco, de ganso, de cabrito, de carneiro, de pavão, de
tudo mesmo; sem falar na amplitude dos pratos, 10 por dia; e dos espaços
magníficos, com liberdade inigualável.
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Dos 18 em diante, em Vitória, com idas e
vindas.
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Tudo está descrito nas memórias, Deixe a Vida me Levar, Mundografia.
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Pareceu coisa divinamente construída:
primeiro uma fase de grande felicidade com pouquíssimas coisas e as idas à
liberdade em Burarama, sem mimos. Depois, a outra fase de grandíssima liberdade
superalimentada em todos os sentidos, faixa do crescimento físico e mental. Em
terceiro, a fase de grande acesso ao conhecimento.
VÁ
LER
(não por mim, pelo giro do mundo)
O Garoto de
Burarama.
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Até nove anos.
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Infância.
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Adolescendo em
Linhares.
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9-17 (vestibular).
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Adolescência.
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Jovem Vitória.
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17-30 (aprendizado).
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Juventude.
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Em Estado de
Guerra.
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30-40 (casamento).
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Maturidade.
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N-ação.
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40 (divórcio) em diante.
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Envelhecimento.
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Pareceu, em retrospecto (só profeta vê para
frente), ter sido vida construidinha, conduzida como a de rato nos labirintos
da vida, até chegar aonde queriam me levar. Se foi assim, devo aplaudir, pois
foi psicologia (e não vida, não somos animais racionais, somos racionais, mas
não animais – exceto alguns, homens que batem em mulheres, pais e mães que
batem em filhos, deputados e senadores e outros), foi psicologia felizciosa,
mistura de feliz com deliciosa.
De mãos postas em oração, obrigado.
Vitória, quinta-feira, 24 de agosto de 2017.
GAVA.
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