De Portugal à Europa
Umas três décadas
passadas as pessoas ignorantes no Brasil que podiam viajar ao estrangeiro
diziam no sentido de esnobar que iam a Portugal e dali à Europa. Depois virou
deboche, porque o país tinha se tornado muito atrasado durante a ditadura
salazarista (da qual Getúlio copiou quase tudo, inclusive o Estado Novo, o
resto vindo do Duce Mussolini na Itália). Com a Revolução dos Cravos Portugal
pôde logo em seguida ser admitido e hoje faz parte da União Européia, o
superestado de estados que desafia presentemente (pelo menos na socioeconomia)
os Estados Unidos da América.
AS
DISTÂNCIAS DE LISBOA ÀS PRINCIPAIS CAPITAIS DA EUROPA (linha reta, distância de vôo, pela
Ferramenta de Medição do Atlas Encarta)
PAÍS
|
CAPITAL
|
DISTÂNCIA
(Em km)
|
Alemanha
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Berlin
|
2.300
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Áustria
|
Viena
|
2.300
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Bélgica
|
Bruxelas
|
1.600
|
Espanha
|
Madri
|
500
|
França
|
Paris
|
1.450
|
Itália
|
Roma
|
1;900
|
Reino Unido
|
Londres
|
1.600
|
Rússia
|
Moscou
|
3.900
|
Existem muitas outras e outros fariam
diferentes escolhas, não importa: todas as distâncias cabem com folga dentro do
Brasil, são distâncias que não nos assustam, distâncias que os caminhoneiros
daqui percorrem comumente. Ora, Portugal está ali pertinho, foi nosso
colonizador e tem a vantagem enorme de falar português, tendo um fundo de cultura
conosco. Está bem na cara que este vai ser um século crescentemente
EUROPEU-UNIDO, dos, digamos assim, pela primeira vez na geo-história, ESTADOS
UNIDOS DA EUROPA (como queriam chamar outrora e já não querem mais). É bem
evidente também que o Brasil só começou sua trajetória de crescimento sob as
novas condições de problematização e que irá bastante longe ainda, apesar de eu
vituperar constantemente contra a situação de imundície e desleixo geral daqui.
Não é que Portugal vá ser nosso representante comercial, pois nem nós queremos
nem ele se prestaria a tal baixeza; é mais como uma nova parceria, uma nova
amizade, posta nos termos muitos mais altos de ambos.
Vitória, domingo, 26 de dezembro de
2004.
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