domingo, 20 de agosto de 2017


Cadernos da Vida e Vida dos Cadernos

 

                            É incrível mesmo que interessando a vida a todos (na bandeira elementar: ar, água, terra/solo, fogo/energia, no centro a vida, no centro do centro a vida racional interessam de perto a cada um) não haja uma revista ou jornal de biologia. Por que será? Será desprezo dos biólogos? Há revistas de divulgação que falam de muitíssimos assuntos, tantos que até entontece, mas não há uma exclusivamente voltada a expor o que seja a vida. Não há um que se detenha a mostrar tudo da vida semana após semana com um título tão simples quanto VIDA, com tudo de biologia/p.2 e de medicina/X2, além de psicologia/p.3 e psiquiatria/X3. Que fale dos cinco reinos, especialmente do corpomente humano, e do que mais largamente lhe dá sustentação vital. Não há.

                            Quer dizer, essa abordagem geral não há.

                            Poderia mesmo ser um caderno de 50 folhas, 100 páginas, do tamanho de um livro pequeno, metade de uma folha A4, com arame na borda, de forma a ser facilmente manuseável, aquele jornalivro de que já falei, podendo ser guardado semana após semana em pé numa estante, acumulando-se centenas e até milhares no decorrer dos anos [em 20 anos chegariam a (52 x 20 =) 1.040].

                            Depois, urge também dar vida aos cadernos. A Tilibra, que é das mais avançadas na confecção de cadernos, é pobre de idéias, porque poderia haver replanejamento gráfico ou artístico, quer dizer, da forma (do aramado, do caderno em si, das folhas, dentro dele das linhas) e do conteúdo – da idéia de transmitir informações úteis que pudessem ser lidas repetidamente até serem memorizadas. Colocar mesmo uma quantidade relativamente grande de técnicos e de artistas para reprogramar TOTALMENTE a idéia de caderno, tornando-os colecionáveis, guardáveis, acumuláveis. Tornar as pessoas completamente devotas de seus cadernos como verdadeiras preciosidades que não devem ser jogadas fora. Os cadernos estão muito longe de ter esgotado sua potencialidade e quem acreditar nisso ainda vai ganhar muito dinheiro.

                            Vitória, terça-feira, 04 de janeiro de 2005.

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