sexta-feira, 25 de agosto de 2017


As Aluviões do Panelão

 

                            Quando cai a flecha (meteorito ou cometa), as bordas são levantadas com o material do fundo do que vai se tornar o panelão; outra parte é ejetada e vai cair longe, até fugindo para o espaço. Não é à toa que denominei panelão, forma um buracão mesmo.

UM DOS METEORITOS MENORES (cratera do meteorito, Arizona, EUA) – de fato, é um buracão. Se as bordas estiverem distanciadas 600 ou 800 km ninguém nem remotamente vai perceber.


Evidentemente, tudo aquilo que foi dito para os Lobatos e as Lagoonas serve para os panelões: 1) lagoona, 2) pântano, 3) grande número de lagos, 4) pequeno número, 5) planície, 6) floresta exuberante, 7) área seca, 8) deserto. A diferença está no tipo.

O panelão é como uma bacia.


Assume muitíssimas formas, como já raciocinamos, dependendo das massas, dos ângulos de penetração, dos terrenos onde caem as flechas, etc. Quando a flecha acabou de cair o buraco está vazio, não há nada no fundo, tudo ainda virá depois muito devagar (para nossas curtas vidas).

NA BORDA HÁ UM SERRILHADO (é caótico, mais ou menos como um serrote irregular, parecido com isso no corte vertical-circular)

                                                                     

Seta: para Cima: Ladrão mais baixo

 

 

 

 

As aluviões vão sendo trazidas grão a grão, milímetro cúbico a milímetro cúbico, no que é para nossas vidas ritmo exasperantemente lento, mas para os tempos geológicos bem rapidamente.

Não é como num vale com montanhas em volta, onde há uma, duas ou mais saídas e a água leva por elas o material que vai descendo das montanhas. No panelão desce terra e material orgânico das bordas de dentro, mas vem por sopro também, trazido pelos ventos; pode parecer pouco, mas ao longo de milhões de anos soma bastante, de forma que fecha até o primeiro “ladrão” mais baixo, o ponto mais inferior, nivelando por ali, criando pelo lado de dentro um platô notável, porque circular. É vale em relação às montanhas da borda de dentro, mas é platô em relação aos lugares mais baixos de fora, de modo que é bastante notável e facilmente identificável (se soubermos o que procurar). Por sua vez, como vimos, as bordas estão sendo progressivamente destruídas, rebaixadas. Os cumes são diminuídos constantemente, de maneira que um candidato a “ladrão” pode demorar mais a diminuir que um vizinho mais alto, abrindo-se acolá o buraco por onde vazará.

As terras não são levadas pelos rios, porque não há como os rios penetrarem – o que leva a todo outro raciocínio. A água de chuva empoça dentro, formando a lagoona especial, e esta é fechada aos poucos, seguindo o regime geral. Pode haver brotação de “minas” d’água, não sei.
Vitória, terça-feira, 08 de fevereiro de 2005.

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