sexta-feira, 25 de agosto de 2017


A Queda das Flechas e a Reordenação do Mundo

 

                            Você pode ler em Caiu um Meteorito, neste Livro 107, minhas reclamações quanto ao pouco-caso dos tecnocientistas a respeito dessas quedas fundamentais das flechas (meteoritos e cometas).

                            Eles não dão a mínima bola para um dos fenômenos mais extraordinários do universo. Que o de Iucatã há 65 milhões de anos tenha extinguido 70 % das formas de vida não lhes parece muito, como investigação total do fenômeno. Que esse que imaginei ter caído em Minas Gerais há 273 milhões de anos e que teria separado Brasil da África, acabando com 99 % da vida, tenha sido tão poderoso não lhes parece motivo de agonia (pelo que causou de danos) nem de alegria (como expectativa de aprendizado).

                            Se um evento qualquer acabasse com 70 a 99 % do seu carro você ficaria interessado ou não?

                            Como tenho perguntado, o que a queda causa ao ar, à água, à terra/solo, ao fogo/energia, à Vida e à Vida-racional potencial e realmente? Qual é a termomecânica que se segue à queda? Como as ondas mudam o panorama geral e particular da Terra? Como o local de queda é alterado? Os tecnocientistas têm falado apenas do que é brutal, do rebentamento geral, da explosão catastrófica, do fim de quase tudo, mas não têm feito o dever de casa de proceder às análises minuciosas e posteriormente às sínteses definidoras. Estão sentados em berço esplêndido, admirados de sua autoproclamada sabedoria. Enquanto isso, lá fora da janela, gravadas na Terra estão mais de 140 quedas grandes e talvez milhares de pequenas [a tomar pelas duas faces da Lua: a Terra é maior em área na proporção de – considerando o raio da Terra Rt = 6,37. 103 km e o da Lua Rl = 1,74. 103 km – (Rt/Rl)2 = 13,4, isto é, se a Terra tem 510 milhões de km2 de superfície, a Lua não pode passar de 38,1 milhões de km2], porque pela ordem, proporcionalmente, a Terra deveria ter tanto quanto as da Lua multiplicadas por 13,4. Basta contar as do nosso satélite e pela ordem de grandeza será mais de 10 e menos de 15 vezes tanto quanto. Claro que cada uma dessas quedas reordena o mundo, mesmo uma das pequenas. A Terra não teve uma vida tranqüila, ela foi bombardeada constantemente. Se você, em sua vida, tivesse recebido milhares de agressões, não se preocuparia em estudar a fonte dos ataques?

                            Vitória, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2005.

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