Os Graus de Superverbalização
Veja que εi é o ponto de passagem,
como um duplo funil, o primeiro focando no ponto e o segundo abrindo a partir
dali; do lado de cá está a segunda natureza psicológica/p.3 e do lado de lá a
terceira natureza informacional/p.4. Mas, uma vez tendo vazado para o lado de
lá, quantos graus há de superverbalizações? É mais ou menos como os
transfinitos de Georg Cantor. Claro que haverá mais superlínguas do que há
línguas humanas (oito mil restaram); línguas são uma espécie de contrato de
exclusão dos não-parentais lingüísticos: você, só por falar português, dará
preferência a quem também o fale, a menos que algum interesse monetário maior
se apresente. Línguas são reservas de mercado culturais (porisso mesmo são boas
e ruins ao mesmo tempo: facilitam o crescimento igual e dificultam a
heterodoxia nacional).
DUPLO FUNIL
ε


Quantos GRAUS de superverbalização há?
Não quantas superlínguas N.3, da terceira natureza, mas quantas formas de superverbalizar
há? Por princípio, tantas quantas são as naturezas depois: 1) a primeira das
supernaturezas é N.3, informacional/p.4; 2) a segunda é N.4, cosmológica/p.5;
3) a terceira é a dialógica/p.6; e se depois disso continua havendo não sei,
porque para lá estende-se o não-finito, que só o Um freqüenta. Há três graus,
dentro de cada um desenvolvendo-se inumeráveis superlínguas: SV1, SV
de primeira potência, a superverbalização própria da terceira natureza. Depois,
SV2 e finalmente SV3, de terceira potência. Evidentemente
cada uma das nossas línguas é SV-1, e nelas é, em relação às de
cima, tão pobre o manifestar-se quanto o é para nós o falar dos animais. Não
devemos ter receio de pensar assim, porque para nós nossas línguas são muito
úteis, porque não temos superpropósitos ou superobjetivos.
Vitória, quarta-feira, 15 de setembro
de 2004.
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