Combinações das
Flechas
Leia o artigo
anterior no Livro 95, Quedas Compostas,
para ver onde paramos. O caso é que não cai uma flecha só, ela é composta, é uma
aljava ou carcás inteiros, um feixe-de-flechas. O cometa ou meteorito pode se
dividir em vários, como o que caiu em Júpiter e rebentou em 21 pedaços, dentre
os contados (como muitos telescópios de vários tamanhos estavam apontados pode
ser que não houvesse mais que isso).
Em todo caso, veja
um coletivo de flechas caindo. Um feixe inteiro, com muitas delas caindo
próximas. No conjunto a quantidade de movimento não se altera e a energia que é
impressa na vertical é a mesma; o interior do objeto vibra e borbulha do mesmo
modo como se fosse uma só. Mas na horizontal tudo muda, porque os efeitos se
compõem. Observe que o meteorito que caiu (digo que no Brasil, pelas razões
expostas) no cráton brasileiro há 273 milhões de anos ainda está provocando
efeitos hoje.
QUE
BELO MOMENTUM VOCÊ TEM
(movimento mecânico, balanço legal)
Queda no Iucatã, México, há 65
milhões de anos

Queda no Brasil há 273
milhões de anos
Em
volta da linha que os une é gerado um movimento rotacional denominando momento
(momentum), movimento; se a flecha brasileira fazia andar na direção
sudoeste-nordeste dependendo de como caiu a flecha mexicana as placas podem
estar rodando. Raramente alguma cairá na mesma direção e muito mais raramente
no mesmo sentido. Assim, as 154 quedas devem ter gerado milhares de linhas de
movimento, torcendo completamente a crosta planetária, a partir da superfície
ideal que existia na Nébula de Formação, pois os movimentos vão se somando,
eles não desaparecem nunca, embora diminuam exponencialmente.
Vai ser muito
interessante trabalhar os modelos mecânicos e termomecânicos da Lua, de Marte,
de Mercúrio, onde as crateras são bem visíveis. Tremenda felicidade para quem
começar.
Vitória,
terça-feira, 21 de setembro de 2004.
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