terça-feira, 25 de julho de 2017


As Defesas do Bebê Mais Apto

 

                            DE FORA PARA DENTRO

DEFESA AMBIENTAL:

8.      Defesa mundial;

7.       Defesa nacional (dos bebês do Brasil);

6.      Defesa estadual (dos bebês do Espírito Santo);

5.      Defesa municipal/urbana (dos bebês de Vitória);

DEFESA PESSOAL:

4. defesa empresarial (que mais recentemente coloca creches, jardins de infância, escolas; oferece planos de tratamento dentário e seguro social médico-hospitalar – após as conquistas das lutas dos trabalhadores);

3. defesa grupal (as associações de “amigos do bairro” constituem conjuntos de famílias que se coligam para defesa comum);

2. defesa familiar (cada qual cuida dos seus filhos);

1.  AUTODEFESA DOS BEBÊS.

Que hajam todos esses níveis superiores de defesa o modelo mostrou nitidamente, mas as pessoas e os ambientes não viram ainda. No artigo Aquelas Crianças Gordinhas, Livro 95, vimos que a gordura dos bebês ao nascer visa defendê-los dos insetos e dos predadores, que eram muitos. O mundo já avançou muito, a ponto de proporcionar defesas inimagináveis antes, por exemplo, as do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), com as quais os bebês primitivos não podiam contar. Há 6,5 mil profissões, 22 tecnartes, um mundo de coisas defendendo-os agoraqui. Nem de longe estão indefesos como quando do aparecimento da humanidade há 100, 50 ou 35 mil anos atrás. Tudo isso é bem claro e evidente no modelo.

Mas, como é que os bebês se autodefendem? Evidentemente eles são cercados de defesas pelos conjuntos todos além deles, especialmente mãe e pai, mas eles são tenrinhos, muito macios, e fatalmente iriam atrair os predadores. Por quê os bebês sobre-vivem? São lentos, não têm garras, não sabem andar até um ano (os mais precoces, aos nove meses), não sabem falar, não gritam, não tem penas para eriçar ou arrepiar e parecerem maiores, são completamente indefesos.

Como e porquê os bebês sobre-vivem? COMO pergunta pelo mecanismo, a descrição dele; PORQUÊ indaga sobre a estrutura do mecanismo, o que o faz funcionar. Uma pessoa adulta corre e se esconde, sobe em árvores, joga pedras, pula na água, acende fogo, se defende com as mãos e os pés, grita, faz qualquer coisa para sobreviver, mas não os bebês.

A resposta só pode ser uma: os bebês inventaram a família. Evidentemente eles não têm para tal nem competência racional nem emocional, foi feito pela Natureza; mas eles, estando ali, com seu gestual induziram mães e pais e a coletividade toda a cuidar deles. Pode parecer que a tautologia responde: se eles não tivessem sobrevivido não teríamos ido adiante. Contudo isso nada nos diz, pois teríamos apenas sido extintos. É preciso APONTAR A CAUSA, o que leva de A até B.

A única coisa que os bebês têm de relevante é beleza.

Se a Natureza quisesse que os bebês sobrevivessem, ela deveria instalar nos adultos senso estético, do outro lado fazendo os bebês extremamente adoráveis. Porque, você sabe, a fala só os defende depois que começam a falar, depois de um ano e até mais tarde (meu pai, por exemplo, só começou a falar depois dos quatro anos) – e até lá já estariam mortos. Então, assim como a gordura, “excesso de fofura” dos bebês não é acidental, também não o é sua beleza. Pois a desatenção dos adultos também seria predadora (até mais eficiente); então os bebês mais aptos seriam os bebês mais bonitos e fofos, gordinhos, arredondados, EM TODA PARTE do mundo, para todas as raças, em todas as longitudes, latitudes e altitudes. Depois que crescem já não faz mais sentido e sistematicamente os adultos vão ficando mais feios.

Vitória, segunda-feira, 27 de setembro de 2004.

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