As Defesas do Bebê
Mais Apto
DE FORA PARA DENTRO
DEFESA
AMBIENTAL:
8.
Defesa
mundial;
7.
Defesa
nacional (dos bebês do Brasil);
6.
Defesa
estadual (dos bebês do Espírito Santo);
5.
Defesa
municipal/urbana (dos bebês de Vitória);
DEFESA PESSOAL:
4. defesa empresarial
(que mais recentemente coloca creches, jardins de infância, escolas; oferece
planos de tratamento dentário e seguro social médico-hospitalar – após as
conquistas das lutas dos trabalhadores);
3. defesa grupal (as
associações de “amigos do bairro” constituem conjuntos de famílias que se
coligam para defesa comum);
2. defesa familiar
(cada qual cuida dos seus filhos);
1. AUTODEFESA
DOS BEBÊS.
Que hajam todos esses níveis
superiores de defesa o modelo mostrou nitidamente, mas as pessoas e os
ambientes não viram ainda. No artigo Aquelas
Crianças Gordinhas, Livro 95, vimos que a gordura dos bebês ao nascer visa
defendê-los dos insetos e dos predadores, que eram muitos. O mundo já avançou muito,
a ponto de proporcionar defesas inimagináveis antes, por exemplo, as do
Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática), com as quais os bebês primitivos não podiam
contar. Há 6,5 mil profissões, 22 tecnartes, um mundo de coisas defendendo-os
agoraqui. Nem de longe estão indefesos como quando do aparecimento da
humanidade há 100, 50 ou 35 mil anos atrás. Tudo isso é bem claro e evidente no
modelo.
Mas, como é que os bebês se
autodefendem? Evidentemente eles são cercados de defesas pelos conjuntos todos
além deles, especialmente mãe e pai, mas eles são tenrinhos, muito macios, e
fatalmente iriam atrair os predadores. Por quê os bebês sobre-vivem? São
lentos, não têm garras, não sabem andar até um ano (os mais precoces, aos nove
meses), não sabem falar, não gritam, não tem penas para eriçar ou arrepiar e
parecerem maiores, são completamente indefesos.
Como e porquê os bebês sobre-vivem?
COMO pergunta pelo mecanismo, a descrição dele; PORQUÊ indaga sobre a estrutura
do mecanismo, o que o faz funcionar. Uma pessoa adulta corre e se esconde, sobe
em árvores, joga pedras, pula na água, acende fogo, se defende com as mãos e os
pés, grita, faz qualquer coisa para sobreviver, mas não os bebês.
A resposta só pode ser uma: os bebês
inventaram a família. Evidentemente eles não têm para tal nem competência
racional nem emocional, foi feito pela Natureza; mas eles, estando ali, com seu
gestual induziram mães e pais e a coletividade toda a cuidar deles. Pode
parecer que a tautologia responde: se eles não tivessem sobrevivido não
teríamos ido adiante. Contudo isso nada nos diz, pois teríamos apenas sido
extintos. É preciso APONTAR A CAUSA, o que leva de A até B.
A única coisa que os bebês têm de
relevante é beleza.
Se a Natureza quisesse que os bebês
sobrevivessem, ela deveria instalar nos adultos senso estético, do outro lado fazendo
os bebês extremamente adoráveis. Porque, você sabe, a fala só os defende depois
que começam a falar, depois de um ano e até mais tarde (meu pai, por exemplo,
só começou a falar depois dos quatro anos) – e até lá já estariam mortos.
Então, assim como a gordura, “excesso de fofura” dos bebês não é acidental,
também não o é sua beleza. Pois a desatenção dos adultos também seria predadora
(até mais eficiente); então os bebês mais aptos seriam os bebês mais bonitos e
fofos, gordinhos, arredondados, EM TODA PARTE do mundo, para todas as raças, em
todas as longitudes, latitudes e altitudes. Depois que crescem já não faz mais
sentido e sistematicamente os adultos vão ficando mais feios.
Vitória, segunda-feira, 27 de setembro
de 2004.
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