sábado, 24 de junho de 2017


O Jardim de Infância dos Ditadores

 

                            Os bebês me encantam, junto com a adolescência.

                            Vendo certa vez que os ditadores são pessoambientes (como PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; como AMBIENTES: cidades/municípios, estados, nações e mundo), pude colocar que os ditadores expressam o que vai na coletividade.

                            Mas, como é que as criaturas tortas que são os ditadores emergem daquelas criaturinhas doces? Seria preciso retraçar, remontando dos desenhos finais aos desenhos iniciais.

                            AS PASSAGENS PSICOLÓGICAS                    

CRIANÇAS
DITADORES
Figura infantil doce
Figura adulta retorcida e corrompida
Objetivo quase nenhum, tabula rasa
Objetivos de apossamento, de tortura alheia, de domínio, de castração dos demais
Produção ou economia zero
Tremenda ganância, desejos irrefreados, ânsias infinitas do TER
Organização ou sociologia nenhuma
Restrições gerais aos exercícios organizacionais distintos do seu
Espaço ou geografia restrita
Ordens de circulação sob estrito controle, desconfiança geral
Tempo ou história totalmente desconhecida
Há necessidade de validação do existir alheio no passado, no presente e no futuro

Como é que se dão essas passagens?

É MUITO importante reunir os psicólogos, enquanto coletivo profissional, para investigar todas essas questões. Que personalidades, distintamente, podem vir a ser ditadoras? Que gêneros de personas são atraídas por esse tipo de caracterização ditatorial? Quando a coletividade começa a caminhar para situações que solicitam a presença dessas almas retorcidas, como é que elas são impelidas a ocupar o palco do teatro humano? Em que coletividades nunca surgiram ditadores? Estudá-las comparativamente seria de grande ajuda para o futuro.

Vitória, Quinta-feira, 27 de maio de 2004.

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