Ilusões da
Carne
Já que carne = CORPO
= CAOS = CASA = CAMA = COMER = COPO = CARMA = CRIME, etc. na Rede Cognata,
ilusões do corpo, que são inumeráveis desejos formais e conceituais, externos e
internos, superficiais e profundos.
Os
superficiais dizem respeito a manter ou melhorar a carne ou corpo com pós,
ungüentos, perfumes, pastas, tinturas e outros camufladores ou colocar
bijuterias, jóias, enfeites, chapéus e bonés, roupas e paramentos, brincos,
sapatos e calçados diversos.
Os
profundos dizem respeito a modificações internas, a idéias de que podemos
melhorar, seja por que modo for. Porque, veja, se o não-finito é aquilo que
chamamos Deus, tudo mais é finito, por mais que seja e por mais que seja
racional – seguirá sendo insuficiente.
Consequentemente
ESTAR ENCARNADO é estar sujeito, estar submetido a indignidades, a todo (=
TOLO) desejo, exacerbação da vontade, que é mínima: enquanto a vontade é
suficiente, bastante simples, o desejo é necessidade, excesso, sobrelevação. O
desejo é a extrapolação. A educação, o processo circular de ensinaprendizado,
deveria ter duas vertentes girando em sentidos contrários: 1) a ampliação, 2) a
redução. Nascer é ampliar, mas sabedoria é também reduzir. As pessoambientes
deveriam ser ensinadas a diminuir de tamanho, a jogar um sofá fora, a pegar
mesa menor, a comprar menos roupas, a manter o corpo sob trela, assim como
acontece por vezes nos mosteiros (que, no entanto, foram palco de tremendas
orgias corporais). Mesmo se os orientais não estiverem certos na questão do
carma pode-se ver que carma = CRIME
indica um peso da alma, algo que arrasta para baixo MATERIALMENTE, isto é, como
resultado material último dos eventos, dos acontecimentos fortuitos.
A
educação, enquanto estado de defesa dos coletivos, deveria se pautar TAMBÉM por
isso, pela redução do corpo, pelo emagrecimento dos desejos.
Vitória,
quarta-feira, 26 de maio de 2004.
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