sexta-feira, 23 de junho de 2017


CMEI


 

                            Ao custo próximo de 1,5 milhão, como já retratei, a Prefeitura Municipal de Vitória, PMV, na administração de LPVL (01/01/1997 a 01/01/2005) está em construção em Jardim da Penha o CMEI, Centro Municipal de Educação Infantil, que na propaganda feita por ele fiquei sabendo irá abrigar 600 estudantes. O bairro tem uns 40 mil habitantes e se um quarto estiver em idade estudantil de primeiro grau, até a oitava série, serão 10 mil em escolas públicas e privadas. Os 600 constituirão 6 % da totalidade dos alunos nessa condição.

                            A estrutura é de primeiro mundo, pois parece que o LPVL vem se esmerando, com sua consciência formada na PUC/RJ, onde se graduou em engenharia. Soa como muito caro, para abrigar somente 600 alunos, mas devemos fazer as contas. Se colocarmos apenas 250 reais (cerca de 80 dólares) por mês nas escolas privadas de nível equivalente, serão 12 meses/ano x 250 reais/mês x 600 alunos por ano, só aí dá 1,8 milhão e passa dos 1,5 milhão do custo. Como essa escola pode atender por 50 ou 100 anos, enquanto duração, na realidade o custo é 1/60 ou 1/120 da vantagem. Mesmo se houve superfaturamente (que de modo algum deveria acontecer), a comunidade lucra tremendamente, pois além disso é estabelecida concorrência com as escolas privadas, que devem então elevar seu nível para não perder clientela.

                            São boas iniciativas.

                            Os prefeitos que agem assim profissionalmente estão elevando suas cidades. Quando vemos uma cidade dominante vemos conjuntamente seus dirigentes (governantes do Executivo, políticos do Legislativo e juizes do Judiciário), que agiram corretamente no passado, de um modo ou de outro, e potencializaram seus conjuntos ambientais (cidades/municípios, estados, nações e mundos). Por outro lado, quando vemos cidades depauperadas vemos colinearmente o egoísmo de seus comandantes, sua ânsia de lucro pessoal. Cidades boas: dirigentes que pensaram nos outros; cidades ruins: dirigentes que pensaram somente em si e nos seus. Basta fazer as listas das cidades que melhoraram, associando-as aos que ali empolgaram o poder, e das que pioraram, estas sendo tristes notícias do personalismo. Faça sua lista, relacione os prefeitos.
                            Vitória, quarta-feira, 26 de maio de 2004.

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