Cerealização e a
Marcha dos Genes
Onde
há excedentes alimentícios o povo e as elites riem.
Comecemos
ainda de antes.
DOIS EXCEDENTES
·
Excedentes
para as elites (superliberdade de TER, superenriquecimento);
·
Excedentes
para o povo (superliberdade de SER, superfolgas).
Se há maior produção
que consumo vem a confiança no futuro, a respeito da presença dos filhos,
garantindo-se a satisfação alimentar deles, de onde virá em geral saúde. Essa
alegria geral popular traz mais gente e se o nível de emprego é mantido
espalha-se a idéia de prosperidade local, que vai bem além nos outros
conjuntos, em especial nas nações. Se o Egito antigo superproduzia arroz e
outros cereais sobrava para armazenar nos silos do Faraó, sinal do Estado; a
natural produção mais as reservas garantiam os nascimentos e os que já estavam.
Uma situação de confiança geral dava calor às almas.
Assim como a marcha
da cerealização foi a marcha da Civilização geral, ela foi a afirmação dos
genes mais aptos, aqueles que sobrepujaram os outros. Onde não havia
suficientes cereais, como na Europa do norte, eles precisaram aprender a trocar
produtos da inteligência pelos cereais. A China é um caso especial a estudar,
como grande projeção da cerealização: o 1,3 bilhão de chineses são uma
demonstração cabal da importância dos cereais para prosperidade da Civilização.
Os cereais empurraram para adiante e para o futuro os genes dominantes,
justamente em virtude de os cereais serem tão produtivos, já que de um único
grão de milho virem várias espigas, destas centenas e milhares de grãos, numa
velocidade incrível de ciclo. Então, ter acesso aos cereais e potencializá-los
é fundamental, porque eles garantem futuro e trazem liberdade, democracia e
outros índices. Quem tem cereais tem tudo, quem não tem fica sem, porque por
mais interessante que carne seja não é para todos. Carne custa caro, pois é um
redutor energético nos níveis tróficos, enquanto cereais expandem. Cereais são
expansores genéticos.
Vitória,
quinta-feira, 27 de maio de 2004.
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