Supercaverna
Como vimos na
coletânea A Expansão dos Sapiens a
Caverna geral antiga onde os hominídeos viveram por 10 milhões de anos criou
retroativamente em nós um cérebro-caverna, mais nas mulheres (fêmeas e
pseudomachos) coletoras que nos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores.
Na cabeça delas HÁ
UMA CAVERNA, um grande buraco de estocagem na retaguarda do cérebro, e um olho
que vê na frente, a boca da caverna, uma boca imensa, o que faz delas
consumidoras eméritas. E, uma vez que provem elas não conseguirão não-levar;
levarão obrigatoriamente, de forma que o PRIMEIRO OBJETIVO do vendedor (para as
mulheres) é colocar algo nas mãos delas, fazê-las roçar a pele, degustar, além
de mostrar coisas coloridas e chamativas.
Assim sendo, os
supermercados e outros lugares ainda devem simbolizar as cavernas antigas com
árvores, com córregos, com pedras, com tudo que, podemos imaginar, ficava no
terreirão muito pisado diante delas; e com trilhas, céu azul (que significava
poder sair), com indicação de tranqüilidade, com cheiros agradáveis, com sons
de pássaros, com animais domésticos, entre os quais os gatos, de preferência.
Enfim, os supermercados devem se parecer com os terreirões diante das cavernas.
Como as cavernas certamente ficavam num lugar mais alto (pois de outro modo
fatalmente alagariam) deve-se descer da “boca grande” delas para a área de
compras mais abaixo, cujo significado mental é claro: vai-se à coleta e
volta-se para a segurança mais no alto, longe das chuvas e das enchentes, para
o lugar quente, sequinho e protegido.
Em resumo, se tudo
isso é verdadeiro os supermercados de hoje são muito mal-planejados, embora
tremendamente melhores, até fantasticamente melhores que os do passado recente.
São melhores porque constituem evoluções das coisas mais antigas, mas estão
longe de ser as coisas mais adequadas aos nossos espíritos. Pelo menos aos
espíritos das mulheres. A questão dos homens é outra, bem diferente.
Vitória,
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004.
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