Segundo Princípio
Observando como as
pessoas nas repartições (tanto governamentais quanto empresariais, embora bem
menos nestas) demoram a nos atender, podemos requisitar a instalação universal
desse PRINCÍPIO-DO-ATENDIMENTO-NUM-SEGUNDO ou segundo-princípio (pois deve
existir um primeiro-princípio – será talvez gostar de atender, para o quê
deveríamos ser treinados).
Acho que os
pesquisadores deveriam recorrer às pesquisas de campo nas repartições e em
todos os lugares para medir quanto demora efetivamente o atendimento, colocando
numa Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas. Para
AMBIENTES (repartições dos órgãos internacionais, das nações, dos estados, dos
municípios/cidades) e para PESSOAS (de empresas, de grupos e até atendimento
familiar e individual). Era muito pior por telefone nas empresas, agora
melhorou um pouco. Quanto destoa nos diversos mundos, de um a cinco? Em quanto
tempo atendem nas empresas em que houve treinamento específico? Com que
qualidade, isto é, qual o percentual de soluções de casos?
De fato, levando em
conta que o coração bate uma vez em pouco menos de um segundo e tomando o
segundo como unidade, deveria tudo que esperamos acontecer no máximo após um
segundo, apenas, idealmente, embora, é claro, demore muito mais que isso. Com a
banda larga uma música pode (6,4 megas) ser baixada a 256 KB/s (efetivos 1/8 ou
32 KB/s) em 200 segundos ou 3,33 minutos. Imagine que isso é 200 vezes o SP, um
tempo longuíssimo – para ver como estamos distantes do que seria o melhor para
nós. O ser humano não funciona em minutos e sim em segundos, senão em menos que
isso, porque para o olho num segundo há 25 quadros e a mão é ainda mais veloz
que os olhos. Há algo errado num mundo que tenta impingir às pessoas que baixar
essa música em mais de três minutos é uma conquista excepcional (só se for em
relação ao passado – mas, se ficarmos erguendo o passado como métrica, por quê
não levantamos logo a bandeira primitiva?). Os governempresas precisam colocar
a cabeça no lugar, pensar no SP com afinco e dedicação, deixando de arrotar
falsas vitórias.
De fato, tudo é
paquidermicamente, diplodocamente lento.
É irritante demais.
Vitória,
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004.
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