quinta-feira, 25 de maio de 2017


Os Narizes da Caverna

 

                            No Modelo da Caverna dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras podemos imaginar que sair para caçar exigisse muito dos sentidos EM LINHA e PONTUALMENTE, quer dizer, dirigidos em flecha (literal e metaforicamente) às presas, a um alvo específico, distinguindo de multidão tanto as espécies (digamos, cervos) quando uma criatura específica, aquele cervo mirado. Os SENTIDOS-DE-CAÇA devem ter sido apurados nos 10 milhões de anos hominídeos. Faz todo sentido seguir a trilha de caça de bisões ou mamutes, separando o cheiro deles dos demais. Havia muito mais insetos que hoje, todos projetando feromônios e odores de proteção, além de venenos, tudo isso somado empestando o ar, além de moléculas de milhares e milhares de outras espécies (fungos, plantas, animais, primatas e hominídeos adversários), de modo que um nariz externinterno (externo nas narinas, interno na mente geradora de autoprogramas) que não soubesse separar condenava o infeliz proprietário à extinção por falta de proteínas.

                            Do outro lado o olfato da mulher se dirigia ao volume e à área, como seus olhos, o que já mostrei. Elas viviam de médias confortadoras, de falta de sobressaltos (hoje, em que há muito mais deles elas tendem a adoecer e morrer do sistema nervoso, especialmente do coração); a falta de tranqüilidade, de médias, é que era preocupante.

                            Para os homens, não.

                            Os homens viviam de extremos, no meio de alarmes, de sustos, de repentinas mudanças – e tinham de ter uma dose diária de adrenalina (veja no Livro 67 o texto A Adrenalina Nossa de Cada Dia) ou adoeceriam (é assim ainda hoje).

                            Conseqüentemente são dois tipos de narizes diferentes, cuidando-se de ver nos corpos de mulheres 5,0 % de pseudofêmeas que terão sentidos de homens e nos corpos de homens 1/20 de pseudomachos que terão sentidos de mulheres.

                            Os testes, claramente, precisam ser feitos pelos psicólogos e os biólogos, porque, entre outras coisas, os homens seriam melhores enólogos, provadores de vinho, podendo rastrear traços mínimos de uma substância específica, por comparação com as mulheres.

                            Vitória, terça-feira, 09 de março de 2004.

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