domingo, 21 de maio de 2017


O Ronronar dos Gatos

 

                            Os gatos fazem um som característico (rom-rom-rom continuamente) que as pessoas chamam de ronronar = SOM, na Rede Cognata. É um som típico. Quando os pegamos sentimos seu corpo vibrar contra as mãos. A Clara, minha filha, diz que só fazem isso não estão alerta, em estado de vigília. Não sei como comprovar ou negar isso.

                            Temos seguido a trilha da coletânea A Expansão dos Sapiens, usando o Modelo da Caverna dos homens caçadores e das mulheres coletoras. Se estas, ficando na retaguarda com 80 ou 90 % da população, treinaram os gatos (como começamos a compreender no texto Queridinho das Mulheres, Livro 57) para vigiar as crianças, eles se colocariam contra o quê? Ratos e roedores de um modo geral, mas não os herbívoros, só os carnívoros e agressivos; cobras, especialmente as venenosas; baratas e insetos de um modo geral; e outras criaturas peçonhentas que os pudessem atacar, quer dizer, aos bebês.

                            Talvez tenham desenvolvido (e as mulheres procuraram selecioná-los positivamente nessa direção-sentido) um som contínuo – Gabriel e eu pensamos nisso simultaneamente, foi muito curioso - inaudível pelos humanos, mas que seria desagradável para os inimigos das crianças em aleitamento ou pelo menos um aviso de proximidade do caçador potencial, o gato. Seria o caso de testar em laboratório, imitando o som dos bichanos, segundo a média estatística e a depuração física dos sons; os animais citados entrariam em salas onde os felinos estivessem se comportando assim? Tenho para mim que não, posso apostar nisso. Como eles têm de descansar de algum modo, não podendo ficar o tempo todo em vigília é natural pensar na produção de um som peculiar em automatismo, sem a presença de consciência, que fosse audível pelos intrusos, mas não por suas donas dentro das cavernas – pois caso contrário elas bateriam neles por estarem perturbando os bebês.

                            Vitória, sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004.

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