quarta-feira, 24 de maio de 2017


Leitura de Ônibus

 

                            Para uma população em torno de 170 milhões de habitantes, a PEA (população economicamente ativa) brasileira era de 84,7 milhões em 2001. Se cada indivíduo dos 80 % de médios, médios-baixos e miseráveis (68 milhões de indivíduos) gastar duas horas/dia em coletivos (para trabalhar contra a hipótese, pois são três horas) isso somaria 136 milhões de horas/dia. Como, constitucionalmente, o tempo de trabalho por ano é de 2.107 horas, dividindo isso por 8 horas/dia, temos 263 dias/ano ou 72 % do ano. Tomando 260 dias de 68 milhões de camaradas a duas horas/dia cada serão 35 bilhões de horas/ano.

                            Como os estudantes estão obrigados a ter pelo menos 200 dias letivos de quatro horas por ano, isso monta 800 horas/ano, que aumentaremos para 1.250 horas/ano (trabalhando 450 horas contra a hipótese), fazendo conta de 250 dias de cinco horas cada. Supondo (você vê que está cheio de suposições – que é que você está fazendo parado? Vá fazer as contas certas!), que a Internet esteja certa, em 2000 tínhamos 35,7 milhões de estudantes no ensino fundamental e 8,2 milhões do segundo grau, com 3,0 milhões de universitários em 2002, tudo dando menos de 47 milhões, que estudam, estourando, menos de 60 bilhões de horas por ano.

EIS O CONTRASTE QUE NOS ENSINA (em bilhões de horas/ano)

·        Horas exageradas dos estudantes                                            60

·        Horas dos trabalhadores perdidas em coletivos                        35

É no mínimo metade.

Veja só o desperdício. Será preciso fazer levantamento com apuro, indo aos detalhes de uma tese de mestrado ou doutorado.

Se os coletivos (que são paupérrimos, despojados de quase tudo, fora cadeiras de plástico, mas bem melhores do que os que conheci há 30 anos) tivessem no encosto das cadeiras telas que ensinassem os trabalhadores poderiam se divertir, aprender, saber notícias, indagar, comunicar com as famílias, jogar, comprar, ver propagandas, uma série bem grande de coisas boas, que as propagandas das empresas poderiam financiar, se fosse buscada uma solução pelos governempresas. Imagine o salto de qualidade! Claro, seria preciso considerar os operários como gente mesmo, em vez de um povo distante que é explorado pelas elites, e para isso é preciso grandeza, o que não sei se as elites brasileiras têm (parece que não).

 
Brasil: Población Económicamente Activa (PEA) e población ocupada por nivel de instrucción, 1992-2001
 
 
1992
1993
1995
1996
1997
1998
1999
2001
PEA
72.959.053
73.985.573
77.393.571
76.419.764
78.750.476
80.508.277
83.043.419
84.725.701
Sin instrucción
7.391.488
7.198.661
6.955.320
6.804.654
6.683.171
6.143.546
6.073.413
5.244.888
Hasta 1º grado completo
48.074.703
48.330.658
49.891.481
47.681.178
48.477.675
48.653.847
49.373.895
47.609.391
Hasta superior incompleto
13.675.070
14.429.036
16.049.468
17.355.059
18.653.857
20.575.613
22.282.792
26.070.215
Superior completo
3.672.903
3.875.963
4.339.279
4.388.310
4.731.549
4.900.087
5.083.373
5.516.927
Maestría o doctorado completo
144.888
151.256
158.024
190.563
204.223
235.184
229.947
284.281
Ocupadas
68.189.462
69.402.015
72.680.903
71.105.554
72.592.087
73.259.492
75.033.046
76.801.992
Sin instrucción
7.174.075
7.016.073
6.747.689
6.581.187
6.429.208
5.891.680
5.817.133
5.008.747
Hasta 1º grado completo
44.834.899
45.261.686
46.784.472
44.232.232
44.650.235
44.332.871
44.865.334
43.337.205
Hasta superior incompleto
12.458.522
13.200.579
14.756.393
15.843.657
16.732.565
18.078.578
19.250.256
22.861.581
Superior completo
3.578.843
3.773.010
4.236.401
4.260.151
4.581.098
4.726.640
4.873.190
5.316.155
Maestría o doctorado completo
143.123
150.667
155.948
188.327
198.982
229.725
227.132
278.305
 
Fuente: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD (micro datos) del Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Elaboración: Coordinación General de Indicadores - Ministerio de la Ciencia y Tecnología.
Notas: excluye la población rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
En 1994 no fue realizada la Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Para la expansión de los resultados de las PNAD's de 1992 a 1996 fueron utilizados los nuevos pesos generados a partir de la Contagem da População del IBGE, de 1996.
Los valores fueron corregidos por la proyección de la población del IBGE para 1º de julio.


Vitória, sexta-feira, 05 de março de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário