terça-feira, 23 de maio de 2017


Hot/Ilha

 

                            É Hotel/Ilha, mas como “hot” significa QUENTE em inglês, terá esse sentido adicional: Quentilha.

                            No caso quero significar especificamente uma coisa: um hotel POR ILHA, independente do tamanho dela. A Internet dá conta que o arquipélago da Indonésia tem 13.7 mil ilhas, enquanto as Filipinas têm 7,1 mil e o Japão 3,5 mil. Quantas ilhas existirão no mundo? Imagino que alguém tenha uma conta precisa.

                            Em todo caso, contando as pequenas que podem ser compradas devem ser milhares no mundo inteiro, para uma rede única de hotéis para os séculos 21 e 22, talvez além, quando houver cada vez mais gente e mais necessidade de isolamento e exclusivismo, de sentir-se separado (porque o modelo diz prontamente que 50 % querem sentir-se juntos e 50 % separados, enquanto 2,5 % ou 1/40 de todos querem FICAR SEPARADOS A QUALQUER CUSTO). Dos ricos e médios-altos do mundo, que seriam 20 % de 6,3 bilhões, ou 1,26 bilhão, podemos contar que 1/40 ou cerca de 32 milhões querem separação, o que é ocupação permanente para 160 mil hotéis de 200 moradores no alto de montanhas, em ilhas, no fundo do mar, no espaço, todo lugar que fique longe das multidões. Com diárias de 100 dólares por dia podemos fazer contas de 365 x 100 x 32.106, mais de um trilhão de dólares por ano. Com o tempo os programáquinas casamenteiros juntarão as pessoas que gostam de estar sozinhas (mas nascerão filhos que não gostam).

                            Não é errado dar o que elas querem, pois está na constituição delas e de fato não prejudica ninguém, até ajuda, porque se não estiverem sofrendo não farão sofrer os outros com suas imposições.

                            Haverá toda uma especialização em torno disso, que potencialmente pode gerar tanto dinheiro, 1/35 do PIB mundial ou 1/10 do americano por ano. Ou mais, porque devemos somar os serviços.

                            Vitória, domingo, 29 de fevereiro de 2004.

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