Capatazes que os
Deuses Treinaram
Supondo que a
coletânea Adão Sai de Casa esteja
certa, podemos imaginar que a Casa Celeste no morro em Uruk tivesse no topo
dele uma Casa Grande central para Adão e Eva, casas mais em baixo para os
descendentes que foram se tornando milhares, no sopé do monte as residências
dos servos (= PADRES), nos muros os dormitórios dos matadores (= NOBRES),
depois dele dos capatazes das turmas de trabalho externo que foram, estes, se
tornando progressivamente os chefes comerciais. Mais distante ainda, longe dos
muros, ficavam as casas dos braçais. Porque, veja, os padres estavam tomando
conta dos “deuses”, os adâmicos ou atlantes ou augustos ou celestiais
descendentes de Adão e Eva. Não lhes sobrava tempo para mais nada. Os chefes militares
e os matadores vigiavam os muros para impedir a entrada furtiva de humanos que
queriam ver os deuses e tietar fanaticamente, o que os perturbaria de suas atividades,
e também das feras. Alguém devia servir de mestre-de-obras das turmas de
trabalhadores braçais; desses feitores saíram as castas de dirigentes que foram
passando seu poder de capatazia para os filhos e os netos.
DOS
GRUPOS QUE VIERAM AS CASTAS
(e o que modestamente faziam nas origens)
TAREFA
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NOME
POSTERIOR
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Servir os deuses à mesa, tomar conta
das crianças, lavar, passar, limpar as latrinas, mil tarefas.
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Padres, pastores, sacerdotes (=
SERVOS) (brâmanes = DEUSES)
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Vigiar os muros, impedir a entrada
de intrusos e sua chefia.
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Nobres e reis (ksátrias = CELESTES)
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Chefiar turmas de produção e
organização da Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio,
serviços e bancos) geral.
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Empresários (vaixás = VAZIOS)
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Braçais, trabalhadores do campo.
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Operários (sudras)
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Assim, os capatazes dos homens que
trabalhavam em volta, além dos muros altos da Casa Grande, vieram a ser os
empresários; e os capatazes dos matadores, que depois se tornaram os nobres,
foram os reis e rainhas, suas esposas.
Vitória, terça-feira,
09 de março de 2004.
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