Aquelas Grandes
Cozinhas dos Deuses
Veja que na
coletânea Adão Sai de Casa, agora
com mais de 230 textos, tudo derivado daquele Vaso de Warka, imaginamos que
Adão veio e logo organizou o patriarcado celeste = ADÂMICO = ATLANTE = CENTRAL
= AUGUSTO = GOVERNANTE, etc., na Casa Grande Celeste, a Tróia Olímpica, vá
seguir a trilha.
Agora, como eles
todos tinham “filhos e filhas” (veja a Bíblia e leia os textos da seqüência),
certamente foi acumulando gente pra danar! Centenas e depois milhares, os
servos (que viriam a ser os padres futuramente) preparando todas aquelas
refeições a cada dia, deve ter sido azafama danada para eles, uma correria de
doido para deixar tudo pronto. Milhares de bois todos os anos, caça, fungos,
plantas, animais de toda espécie, bebidas, água, de deixar os capatazes
enlouquecidos. As cozinhas deviam ser imensas, difíceis até de imaginar,
ocupando o equivalente de quadras inteiras de agora. Será interessante se as
ruínas forem encontradas em Uruk, porque é até difícil de acreditar; pois a
sustentação material daqueles festins, além de custar muito aos humanos,
precisavam de toda uma psicologia (figuras ou psicanálises servis, objetivos ou
psico-sínteses a cumprir, produções ou economias à volta, organização ou
sociologia muito minuciosa, espaçotempo ou geo-história das cozinhas dos
deuses) especial, supertreinada para não cometer “ratas”, como diz o povo, quer
dizer, deslizes – além de se sentirem mortificados de falharem com os deuses,
mais para frente os servos começaram a ser brutalmente castigados, depois que
Adão e Eva morreram.
Ora, a cozinha é a
parte da casa que mais gosto nos dá e onde nos sentimos mais íntimos e
satisfeitos, porque correspondem ao estômago, na casa-conceito de que falei. Isso,
essa coisa prosaica, acrescentada ao filme proporcionará um sentido de
acolhimento, de intimidade com os deuses, de banalidade benfazeja, de
satisfação, significando serviço e proteção dentro da Casa Grande ou Casa Celeste.
Essas cozinhas, além de terem grandes espaços, devem ter grandes volumes, com
pé-direito muito alto, verdadeiras cavernas com muitas bancadas, centenas
trabalhando, com grandes fornos – que os tecnartistas cuidem demoradamente
disso.
Vitória,
segunda-feira, 08 de março de 2004.
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