quarta-feira, 24 de maio de 2017


A Lista Política de Pelé

 

                            Houve uma coisa pequena, mas que dá bem a dimensão triste da política rasteira de Pelé, Edson Arantes do Nascimento. Foi-lhe pedida pela FIFA (Federação Internacional de Futebol, Associação, sigla do inglês) uma lista dos 100 maiores jogadores de futebol de todos os tempos.

                            A LISTA DOS GANHADORES DE COPAS DO MUNDO

·        Brasil                               5 (2002, 1994, 1970, 1962, 1958)

·        Alemanha                      3 (1990, 1974, 1954)

·        Itália                                3 (1982, 1938, 1934)

·        Argentina                      2 (1986, 1978)

·        Uruguai                          2 (1950, 1930)

·        Inglaterra                      1 (1966)

·        França                            1 (1998)

Contudo, segundo dizem, a França, que só tem uma copa e assim mesmo de favor, tendo jogado em casa, levou quatorze jogadores, enquanto o Brasil, com cinco copas, ficou com quinze. Depois de ter esquecido vários jogadores importantes de última hora Pelé acrescentou 25, de modo que a lista de 100 ficou com 125. E deixou de fora Garrincha, o maior jogador de todos os tempos.

Isso mostra como Pelé é interesseiro e submisso às vontades politiqueiras da FIFA onde seu antigo inimigo João Havelange (agora novamente amigo) ficou tantos anos no comando. A FIFA quer agradar a todo mundo, mas se atribuiu tarefa a Pelé este deveria ter um mínimo de dignidade e vontade própria. Militando desde 1957, há quase 50 anos no setor, deveria saber quem foram os bons, escolhendo com grandeza os grandes e merecedores. Primeiro que num mundo justo não haveria prêmios para ninguém. Mas, se colocaram, deveriam colocar certo. Com tudo isso Pelé mostrou que é pequeno em termos de alcance de visão e não sabe controlar sua vontade; demonstrou cabalmente que não tem vontade própria, que segue a dos outros, que é pau-mandado, como dizia meu pai.

Que coisa detestável!
Vitória, sábado, 06 de março de 2004.

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