domingo, 21 de maio de 2017


A Competência Alemã

 

                            Quem olha agora não diz que a Alemanha foi quase totalmente destruída na Segunda Guerra Mundial, terminada há quase 60 anos (em 1945, estamos em 2004). Pode parecer que a situação do Japão foi pior, mas nem de longe foi tão daninha, porque naquele país oriental somente duas cidades, Hiroshima e Nagasaki, foram completamente arrasadas pelas bombas atômicas, ao passo que quase todas as cidades alemãs foram bombardeadas pelos aliados, sejam os ingleses e os ocidentais de um lado, sejam os soviéticos e satélites do outro.

                            E, veja, os alemães não tiveram seu PIB catapultado artificialmente pela conspiração do iene, como mostrei, planejada por Reagan e Regan, presidentes dos EUA e do Federal Reserve, respectivamente, na década dos 1980, precisamente em 1985, passando o PIB japonês de 1,3 a 3,7 trilhões de dólares. Além disso, os alemães ocidentais tiveram de arcar com a incorporação da falida socioeconomia da Alemanha Oriental ou Democrática a partir de 1990, ao custo de muitas centenas de bilhões de dólares. Mesmo assim eles avançaram na União Européia a ponto de a TV alemã DW declarar estar irradiando do “coração da Europa”, quer dizer, do país que bombeia sangue financeiro ao corpo europeu, a Alemanha (sem contestação dos demais 14 membros).

                            COMPARANDO ALEMANHA E JAPÃO                      

ITEM
ALEMANHA
JAPÃO (X)
Área
356.733 km2
372.819 km2
População (2001)
82 milhões
127 milhões (1,55)
PIB (US$, 1999)
2,1 trilhões
4,3 trilhões (2,04)
Percapita (US$, 1999)
25,62 mil
32,03 mil

O Japão está sozinho, mas a Alemanha é centro de um PIB em tudo equivalente ao dos EUA. Se a população da Alemanha fosse paralela à do Japão sua renda total (sem qualquer artifício de sobrevalorização) seria de 3,3 trilhões (levando em conta a renda por cabeça alemã). Se tivesse levado o mesmo empurrão que os EUA deram ao iene, de (3,7/1,3 =) 2,85, seria de 3,3 x 2,85 = 9,4 trilhões de dólares.

Levando tudo em conta sou mais os alemães. E é de lembrar que os EUA SÃO UM PAÍS ALEMÃO, embora não pareça, seja na religião (que não é anglicana, muito próxima da católica, mas protestante à alemã, como os luteranos) seja no modo de ser. Apenas na forma é grão-bretão. No conteúdo é alemão.

Em resumo, é um poder respeitável.

Vitória, quinta-feira, 04 de março de 2004.

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