Posso Roubar um Pouco
do Seu Tempo?
As pessoas chegam e
falam isso quando precisam conversar com A ou B, mas aqui teríamos um filme de
ficção em que a pessoa, por educação, naturalmente concorda, sem saber que de
fato uma parte do tempo dela está sendo roubado, indo se somar ao do outro. O temporalmente
defraudado acorda já um tanto mais velho, sem saber como o tempo intermediário
se passou – mas ele não passou, houve um salto. Quem viveu aquela oportunidade
de inserção foi o outro, que assim vai vivendo cada vez mais, como um vampiro
temporal e não de sangue.
Com certeza há um
policial envolvido, mas não pensei nada além, fica apenas registrada a idéia,
pois não consigo vislumbrar o enredo. Talvez o investigador vá visitar os desfalcados
e lhes pergunte se acaso se lembram do tempo sumido, mas é claro que eles não
lembrarão, nem as famílias, porque tudo foi redesenhado e será difícil
convencê-los, que tomarão o detetive por doido e chamarão a polícia, etc.
Vitória,
quarta-feira, 24 de dezembro de 2003.
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