sexta-feira, 21 de abril de 2017


O Peso dos Hominídeos

 

                            Nos artigos do Livro 55, Arcabouço Pré-Sapiens e A Geração dos Sapiens, vimos que os hominídeos estiveram aí não por cinco, mas por dez milhões de anos, de modo que na base dos sapiens, existindo estes há 100, 50 ou 35 mil anos conforme as avaliações, estão lá as modelações moleculares hominídeas.

                            Foi Koestler que disse terem os seres humanos três cérebros (depois ampliei muito, mostrando que são pelo menos oito): 1) o reptiliano, 2) o mamífero, 3) o sapiens, este o neocórtex. Contudo, ele não mostrou que o sapiens tem em sua base o hominídeo, com todo um passado que precisa ser MUITO melhor estudado, elucidado e compreendido, porque esse corpomente hominídeo diz de onde vem nossos sentimentos, emoções, inconsciências, indeterminações racionais que fazem toda a diferença, porque por baixo de nossas racionalidades estão as irracionalidades que as sustentam e são racionalizadas para parecerem melhores. Violentas emoções antigas transparecem nas PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e nos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo), em tudo que é buscado no Conhecimento (na Magia/Arte, na Teologia/Religião, na Filosofia/ideologia, na ciência/Técnica, menos na Matemática, que é isenta – entrementes, os seres que a re-descobrem não são, pelo contrário, grassam entre os matemáticos os mais vis desejos e ciúmes). Por toda parte o que sustenta e controla nosso presente é aquele passado remoto, e tanto mais quanto dele não temos consciência e não podemos contrapor-lhe soluções compensadoras.

                            Nisso tudo que temos feito em todas as áreas, o que é ainda desenho dos cavernícolas, dos trogloditas, dos antepassados pós-primatas? Se descobrirmos EXATAMENTE poderemos compensar deste e daquele modo, colocando contrapesos aqui e acolá. Aliás, precisamos descobrir, e só faremos isso quando começarmos a investigar.

                            Vitória, quarta-feira, 31 de dezembro de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário