sexta-feira, 7 de abril de 2017


O Livro das Bandas

 

                            Chutei para concluir que os bairros e distritos devem ser uns dois ou três milhões no mundo, de forma que a parte do Brasil, 2,5 % ou 1/40, deve montar de 50 a 75 mil deles, sei lá, alguém que vá investigar ao certo, porque é importante como índice.

                            Então, poderíamos ter em nosso país - cada banda com 10 participantes - 500 a 750 mil pessoas envolvidas com música (além do quê uma das vantagens principais seria a de muitos milhares de jovens serem tirados de atividades menos nobres). No Espírito Santo, 1/40 ou 2,5 % do Brasil, 1,3 a 1,9 mil bairros ou distritos, com 13 a 19 mil ocupados – os números estão longe de ter essa precisão.

                            Para dar início a essa onda seria necessário os governempresas confeccionarem um livreto falando do custo do material, onde encontrá-lo, como obter financiamento privado e público para comprar os instrumentos e uniformes e bandeiras e logotipos, como os maestros podem se formar, os endereços reais e virtuais das bandas existentes, a geo-história delas, como nasceram e prosperaram, como acabaram, quanto tempo é preciso para aprender, quanto da semana deve ser dedicado à manutenção, onde elas podem tocar, partituras de músicas, TODO UM MOVIMENTO NACIONAL de bandas.

                            Deveria haver uma espécie de SESI (Serviço Social da Indústria, privado) ou SENAI (Serviço Nacional da Indústria, público) para as bandas, tipo Serviço Nacional das Bandas (SENABAN, ou o que for), capaz de capitanear todas essas tarefas de dinamização, inclusive o livreto tendo anexo um pequeno dicionário de palavras e uma mínima enciclopédia de imagens das bandas.

                            O que essa iniciativa faria pela gente não está no gibi, tornando o país mais alegre e festivo.

                            Vitória, segunda-feira, 24 de novembro de 2003.

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