Fúria Branca
Repare que os
pré-sapiens duraram, como determinamos, uns 10 milhões de anos, depois de terem
suplantado como hominídeos aos primatas. Os sapiens, por sua vez, substituíram
os hominídeos há 100, 50 ou 35 mil anos, conforme as avaliações, e constituindo
um êxito absoluto suplantaram todos os demais tipos. Então, descendo das
estepes os brancos que tinham ido para o Norte e o gelo voltaram afinados com a
sobrevivência. Inventando ou se apoderando da escrita em 3,5 mil anos antes de
Cristo, nestes 5,5 mil anos se tornaram a maior força/poder do planeta, a ponto
de terem dominando, embora não-numericamente (os amarelos são mais numerosos e
os negros, contados todos, são também, ainda que não os indígenas).
Os brancos-europeus
tomaram quase tudo, com base na criatividade enorme. Com violência e furor
incomparável, com uma ganância inultrapassável, foram além de todas as raças e
sozinhos ou mestiçados dominaram todas as áreas de produção, a ponto de os
amarelos-asiáticos terem de adotar os costumes para ir adiante, abdicando de
suas ancestrais formas de SER e TER para adotar as formas ocidentais.
Foi uma coisa admirável,
mesmo. Os hominídeos tiveram uma taxa de eficácia fantástica sobre os primatas,
os sapiens sobre os hominídeos, a raça branca sobre todos os sapiens. Quem
poderia pensar, olhando aqueles minguados branquelas que vieram esquivos do
Norte? Quem poderia imaginar que os de pele branca chegariam e se adaptariam ao
Sul quente e tomariam o universo humano? É uma coisa incrível, de fato, terem
substituídos todos aonde chegaram: primitivamente na Europa, depois descendo à
Suméria e ao Egito, mais tarde nas Américas; e se não o fizeram na Ásia em
termos populacionais, substituíram os processos mentais quase todos. Isso não é
ruim. Se os brancos constituem uma força superior na solução de problemas,
bem-vindos, não é? É preciso fazer acordos e adotar o vitorioso. Deveríamos
ficar com os perdedores e abraçar seus valores?
Vitória,
segunda-feira, 22 de dezembro de 2003.
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