Dando Voz aos Outros
Dois filmes:
1. VENTRÍ/LOUCO: começa com um ventríloquo normal que
num certo momento coloca por acidente a voz na boca de uma qualquer pessoa; de
repente ele percebe que pode falar usando o aparelho fonador de outros,
quaisquer uns, e começa a fazer isso, provocando algumas situações hilárias,
bem engraçadas, até que perde a graça e começa a ser intrusão. Ele passa a usar
políticos (que depois vão dizer que pareciam que eram outros, estavam fora de
si, quando disseram besteira). Fica bem sério mesmo (a intenção não é discutir
possessão e sim a perda de liberdade, justamente por parte dos políticos, que
tomam nossas vozes para seus propósitos), até que o sujeito se torna uma ameaça
pública;
2. DUPLA
PERSONALIDADE:
pode ter havido algo de semelhante, não me lembro, mas aqui seria um
ventríloquo que começasse como todos e subitamente o boneco fosse tomando conta
de seu corpo. Não só o boneco ganha personalidade como fá-la migrar de seu
pseudocorpo até o verdadeiro (como está discutido no filme de FC 13º Andar) do artista. O ventríloquo,
prisioneiro do corpo do boneco, fica aflitíssimo, até que alguém salva-o,
aquela coisa de salvação dos idiotas.
Acho que uma série de filmes assim
pode ser feita, com bastante proveito leve e descompromissado para as platéias,
sempre sedentas de diversão.
Vitória, terça-feira, 25 de novembro
de 2003.
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