Concórdia e Discórdia
Na Rede Cognata
(veja no Livro 2 o artigo Rede e Grade
Signalíticas) concórdia = CRISTO = AIGUPTOS (nome antigo do Egito) =
ATLÂNTIDA = CENTRO = GOVERNANTE, etc., muitas traduções, ao passo que discórdia
= BOMBA = TEMPESTADE = TORMENTA, etc.
Podemos ver que
Cristo realmente é mais do que em geral é imaginado, algo de divino, verdadeiramente,
pois concórdia é acordo, entendimento, conciliação, harmonia, paz,
conformidade, consenso, composição. Supostamente Cristo fechou a brecha que
havia entre Deus e Adão e seus descendentes, entre os quais nos encontramos; e
devia ser uma fenda, uma lacuna, um dano tremendo, porque Jesus é tomado como
Filho de Deus, Deus mesmo, que morre de uma forma excruciante, lancinante,
aflitiva, em tortura fundamentalíssima.
Por outro lado
podemos ver que até que se jogue bomba o diálogo não está fechado – ainda é
possível parlamentar. Mas, quando as bombas caiam já não é possível concordar,
há discórdia, desacordo, desavença, cizânia, desarmonia, desconcerto,
desequilíbrio, discrepância. Podemos medir na geo-história onde aconteceu isso:
foi todo tempolugar ou pontinstante onde caíram bombas. Qualquer pontinho. Ali
já não havia condição de diálogo, porque ambos se tornaram surdomudos, surdos
que tinham, mas não usavam os ouvidos, mudos que tinham, mas não usavam a
língua. Foi a falência do diálogo, um vexame para os sapiens, que vivem de
falar e escrever. Quando os seres humanos jogam bombas estão dizendo que se
desumanizaram e não conseguem mais se entender COMO HUMANOS, quer dizer,
dotados de língua. E mostram que o fosso entre humanos e Deus foi reaberto ali;
que a ação de Jesus de nada valeu. Evidentemente as pessoas devem fabricar as
bombas, porque o instinto de sobrevivência fala mais alto, a Natureza não quer
o desaparecimento da Vida, mesmo que isso signifique ameaçá-la. Mas daí a
usá-la vai uma grande distância, porque o uso equivale a passar da concórdia
(Cristo) à discórdia (distanciamento de Deus, fim da língua). Usar as bombas é
o equivalente - como disse a Clarice Lispector – de pessoa voltando para casa
de sapatos na mão: renúncia à civilidade.
Vitória,
quinta-feira, 25 de dezembro de 2003.
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