Atribuindo Tarefas
O lado nojento de
escrever e querer ajudar é que uma vez que tenhamos tido uma idéia e ela seja
lida forma-se na cabeça do leitor um impulso para agir, se ele concorda com a
postulação, que segue crescendo por “toda a eternidade”, quer dizer, enquanto o
modelo cultural ou do povelite/nação crente daquilo siga existindo.
Por exemplo, dado
que escrevi 50 livros antes deste, com uns 50 artigos cada, vão aí 2,5 mil
idéias mais ou menos complexas que tendem a ser absorvidas e servir de
estímulos às pessoambientes em vários graus de realização, isto é, de pressão
para tornar o virtual das idéias em real praticado, materializado. Lá está o
futuro fazendo obras em meu nome ou em nome de quem quer que seja. E como o
modelo diz que o mundo é 50/50 ou de soma zero SEMPRE vai haver metade que fará
obras; de fato, 1/40 ou 2,5 % FARÃO COMPULSIVAMENTE, de modo que essas idéias
serão realizadas, quer queiramos ou não, sejam ou não oportunas. Para os 6,3
bilhões atuais os 2,5 % são uns 150 milhões de todas as idades, dos dois sexos,
em todos os países. Nisso - sei de antemão - minhas idéias serão multiplicadas
até sem discussão, como seria necessário e pediria a racionalidade humana.
Pessoas brigarão por elas e, quem sabe, guerrearão, embora esse não seja o meu
desejo. Estabelecerão pólos, porque assim é o Desenho do Mundo ou Plano da
Criação e não há nada que possa impedir.
E como, no desenho
que fiz das possibilidades, de escrever 10 mil artigos, lá sairão, desde que
tal seja possível, 10 mil linhas de criação e talvez muito mais, porque elas se
combinarão duas a duas e n-a-n para gerar infinitas obras. Já pensou que
aborrecido?
O certo seria
raciocinar antes de fazer, mas podemos esperar que haja aquela gente, 2,5 % que
farão sem pensar. Não é estranho que quem tenha pedido, sobretudo, que as
pessoas se empenhem em pensar vá obter obras de quem se empenha sem pensar?
Vitória, domingo, 23
de novembro de 2003.
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