As
Oito Mortes do Indivíduo
Só conhecemos uma morte, a do indivíduo que,
por mais que esteja no coletivo, nasce, vive e morre sozinho, irremediavelmente
só: quando A morre, não morre junto sequer uma perna de B.
No plano físico-químico não há morte, há
rompimentos. No plano biológico-p.2 a morte acontece, como todos vemos. A
diferença vem no plano psicológico-p.3, racional, humano.
AS
OITO MORTES HUMANAS
AS MORTES
AMBIENTAIS.
|
Danos mundiais.
|
Mortes jurídicas lavradas em papel, atestado
de óbito, certidão de falecimento (a família enterra o corpomente falido para
ter certeza de herança, e há choro).
|
Danos nacionais.
|
||
Danos estaduais.
|
||
Danos urbanos-municipais.
|
||
AS MORTES PESSOAIS.
|
Danos empresariais.
|
|
Danos grupais.
|
||
Danos familiares.
|
||
Morte real do indivíduo.
|
O indivíduo morto não sabe que pereceu mais
sete vezes, ele acabou aquela única vez, desapareceu.
Aí começam os rituais sociais de mata-lo mais
sete vezes, começam a confeccionar a papelada do ACORDO SOCIAL DE MORTE.
Lá vem os atestados relativos à confirmação,
todos relativos à herança:
1) O Estado geral herda parte
da herança através da tributação dela;
2) A família herda os
bens, menos os tributos engolidos;
3) O grupo herda o
avanço sobre as obras do agora impotente defunto;
4) A empresa avança para
os poderes antes exercidos pelo falecido;
5) Depois vem o
espalhamento ambiental (não relativo a tributos: se é um pesquisador, avançam
sobre os livros, os filhos os vendem; sobre as obras, modificando-as, etc.).
Quem diria que essa única morte renderia
tanto, hem?
Claro, quem entrega os pontos não sabe de
nada, ele felizmente acaba uma vez só, enquanto a coletividade se movimenta
como um bando de urubus para desconstruir as tarefas ou se apoderar delas.
Arre!
Vitória, quarta-feira, 5 de abril de 2017.
GAVA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário