segunda-feira, 24 de abril de 2017


As Decepções de Cazuza

 

                            VENDENDO DEPRESSÃO                   

PRETENDIDO
CONSEGUIDO
Coração
Partido
Ilusões
Perdidas
Sonhos
Vendidos
Heróis exemplares
Morte por overdose
Derrota dos inimigos
Estão no poder
Mudança do mundo
Festas
Prazer
Risco de vida
Sexo e drogas
Não tem
Garoto
Indeciso, em cima do muro

                            Vamos e venhamos que é uma vidinha ruim, mesmo.

                            Cazuza (Agenor Miranda de Araújo Neto) nasceu no Rio de Janeiro em 1958 e morreu de infecções oriundas de baixa imunidade derivada da AIDS em 1990 com 32 anos de idade. Participou do Barão Vermelho, um grupo nacional de rock, do qual saiu. Não sei muito dele, não sou fã e aqui interfiro apenas para dizer que há do lado de Tanatos um punhado de confessados e inconfessados adeptos. Quem sabe qual de nós é?

                            Ele teve lá suas decepções, que impôs ao mundo, como cada um de nós faz, mas o que interessa mesmo é fazer um levantamento de quantos se colocam do lado de Eros, o princípio da vida, e quantos do lado de Tanatos, o princípio da morte. Qual é a variação estatística identificável nas músicas dos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo)? É, como esperaríamos do modelo, meio a meio, 50/50, de soma zero? Será que do outro lado existem os anti-Cazuza? Como esse cenário se apresenta, quando olhado em termos de balança de opostos/complementares?

                            Vitória, domingo, 04 de janeiro de 2004.

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