quinta-feira, 6 de abril de 2017


Animação

 

                            Pode ser um filme piloto e a seqüência onde os seres humanos entram em memória (e até em inteligência) de máquina para ver o mundo com o veriam os fungos, as plantas, os animais e os humanóides, exatamente da altura dos seus olhos ou quaisquer órgãos dos sentidos, e aí ter aventuras como bichos mesmos, podendo voar alto como as aves, mergulhar fundo como as baleias, escavar como as toupeiras, andar na neve como os pingüins, batalhar, acasalar, etc.

                            Seria um aprendizado poderoso, desde a vida deles, operando diretamente e não apenas por imaginar longinquamente, por ouvir dizer como fazemos agora - procuramos nos pôr no lugar deles, mas sem efetivamente conseguir. Os avanços para a ecologia seriam imensos e muito rápidos, desde quando pudéssemos sentir suas dores, suas necessidades. E nem precisamos esperar muito, desde quando a observação detalhada pelos tecnocientistas e a computação gráfica em 3DRV (3D, três dimensões, e RV, realidade virtual) pode antecipar muito, até que saibamos mais. A própria atividade gerará sua riqueza (porque muitos quererão pagar para ser como os outros seres) e crescimento ulterior, gerando por si mesma, até atingir um nível de competência bem alto.

                            Depois, pode migrar para realmente haver FISICAMENTE, biologicamente, um implante no cérebro dos animais conectado à mente das pessoas por rádio, de modo que realmente sejamos capazes de vivenciar em nossos sentidos o ser dos demais seres, de todas as espécies, com um funil de memorinteligência (a nossa nunca vazará completamente na deles, mesmo na dos chimpanzés, pois em geral os seres humanos tem média de 1.400 cm3, enquanto os chimpanzés chegam a 400 ou 500, sei lá). Mesmo assim será interessante, ou devido a isso, porque saberemos como é difícil para eles com cérebros tão pequenos enfrentarem a vida na Terra.

                            Com esses dois artifícios poderemos tornar-nos verdadeiros companheiros dos seres sencientes.

                            Vitória, sábado, 22 de novembro de 2003.

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