quarta-feira, 19 de abril de 2017


Adão e a Bíblia

 

                            Como vimos nos artigos anteriores deste Livro 56, O Destino de Adão, Adão e os Negros e Centro = Quente, está posto que Adão era negro. Os arianos, chegando das estepes e do fim do gelo tomaram as lendas e presumiram que tivesse sido branco como eles e com isso também os adâmicos = ATLANTES, filhos de Adão e Eva, seus descendentes. Assim, toda a primeira parte da Bíblia onde se presume que Adão e Eva e os adâmicos até Abraão são brancos deve ser revista, isto é, quase todo o Pentateuco, os Cinco Livros de Moisés.

                            Os judeus se apoderaram das lendas da Suméria, do Egito, da Palestina, de todos aqueles vários lugares e criaram a Bíblia, Antigo Testamento. Por terem imaginado Adão branco criaram uma idéia - que estou assumindo como tendo sido errada – de uma descendência branca, o que nunca foi. Seguiu-se que Adão e sua descendência foram embranquecidas, tornados brancos porque, sendo os judeus mais brancos que morenos e tendo passado adiante as lendas que já estavam presentes no caldo de cultura, ficou posto na imaginação dos povos que eram todos brancos para trás. De modo algum. Nem Utinapshitim nem Gilgamesh, da Suméria. Se Adão não era branco e Deus o criou à sua imagem e semelhança, Deus era branco? A lógica diz que não.

                            Então a Bíblia nos legou a idéia de Adão e Eva e descendência branca, e pela lógica Deus branco, quando eram todos negros. Mais ainda, se os anjos foram criados por Deus, podem ter sido brancos e louros? Sempre são mostrados lourinhos, de cachos amarelos e olhos azuis ou verdes, se a lente se aproximar. Esse pensamento muda nossa visão das coisas. Por outro lado, há perigo, desde quando os negros podem ser julgados pelos brancos crentes como portadores da CULPA DE ADÃO pelo chamado “pecado original” – ou seja, “foi o pai de vocês que danou tudo”. Sempre se acha motivo para perseguição (não seria de pensar o mesmo quando julgávamos Adão branco?).

                            Enfim, saímos de umas complicações para entrar em outras.

                            E como se daria a re-visão da Bíblia? Quem estaria autorizado a fazê-la? Como os cristãos (católicos e protestantes), judeus e muçulmanos, todos tendo a Bíblia como fonte comum, iriam se relacionar para proceder a tal revisão?

                            Vitória, segunda-feira, 22 de dezembro de 2003.

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