sexta-feira, 21 de abril de 2017


A Questão das Armas

 

Muitos ficam insistindo nisso do porte de armas, contra o qual me coloquei há bastante tempo, na época do referendo em 2005, vencido pelos portadores.

Há que colocar de forma lógica.

Do ponto de vista do caos tolerado ou induzido as demonstrações apoiadoras dos portadores são coerentes no sentido de que, chegando-se a esse estado de coisas de as pessoas serem atacadas, deve-se mesmo portar armas de defesa. Contudo, portá-las já considera a possibilidade de matar, a adesão à tese de que os outros (você e eu) podem ser mortos, o que é uma das proibições dos 10 mandamentos: NÃO MATARÁS (e não só seres humanos, é tudo que envolve morte, de animais e primatas também). Não é condicional, é incondicional, é ordem de Deus, não permite qualquer transgressão, nem mesmo pelo Estado nas penas de morte.

Então, essa solução do porte é fraca.

A mais forte é a equivalente à renúncia da tentação de matar.

COLOCANDO AS SOLUÇÕES

SOLUÇÃO.
FORÇA.
OPERACIONALIZAÇÃO.
Negação total: ninguém (nem os policiais ou as forças armadas, agora desarmadas) portaria quaisquer armas. Estaríamos em condição de total respeito político mútuo, em paz universal.
100 a 75
CULTURA TOTAL (a mais elevada moral e confiança), foi nisso que apostei: depende de maturidade nacional.
Negação parcial: policiais e militares, mas não o povo e as elites (muito menos os bandidos, qualquer um – quem fosse encontrado com elas seria imediatamente preso). Pressuporia defesa nacional extremamente competente (como no Canadá e China).
75 a 50
 
Afirmação parcial: o povo gabaritado (sob prova psicológica) também, como nos EUA, onde há 270 milhões de armas em situação política maciçamente perigosa em caso de declínio socioeconômico, de crise, de colapso.
50 a 25
Os portadores brasileiros querem essa tese do Clube do Rifle americano, com base na emenda deles (que é de outra realidade).
Afirmação total: TODOS poderiam portar armas, inclusive os bandidos (ninguém esposa essa tese).
25 a 00
INCIVILIDADE TOTAL (sociedade selvagens).

Esse é o enquadramento lógico.

Os portadores são medrosos, não são corajosos, e não querem a coletividade, querem a individualidade (entrincheiro-me e defendo a mim e minha família, abandono os outros). Covardia, falta de maturidade, incompreensão do melhor mundo, o do respeito de todos e cada um a cada um e todos.

Vitória, sexta-feira, 21 de abril de 2017.

GAVA.

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