A Questão das Armas
Muitos ficam insistindo nisso do porte de
armas, contra o qual me coloquei há bastante tempo, na época do referendo em
2005, vencido pelos portadores.
Há que colocar de forma lógica.
Do ponto de vista do caos tolerado ou
induzido as demonstrações apoiadoras dos portadores são coerentes no sentido de
que, chegando-se a esse estado de coisas de as pessoas serem atacadas, deve-se
mesmo portar armas de defesa. Contudo, portá-las já considera a possibilidade
de matar, a adesão à tese de que os outros (você e eu) podem ser mortos, o que
é uma das proibições dos 10 mandamentos: NÃO MATARÁS (e não só seres humanos, é
tudo que envolve morte, de animais e primatas também). Não é condicional, é
incondicional, é ordem de Deus, não permite qualquer transgressão, nem mesmo
pelo Estado nas penas de morte.
Então, essa solução do porte é fraca.
A mais forte é a equivalente à renúncia da
tentação de matar.
COLOCANDO
AS SOLUÇÕES
SOLUÇÃO.
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FORÇA.
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OPERACIONALIZAÇÃO.
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Negação total: ninguém (nem os policiais ou
as forças armadas, agora desarmadas) portaria quaisquer armas. Estaríamos em
condição de total respeito político mútuo, em paz universal.
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100 a 75
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CULTURA TOTAL (a mais elevada
moral e confiança), foi nisso que apostei: depende de maturidade nacional.
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Negação parcial: policiais e militares, mas
não o povo e as elites (muito menos os bandidos, qualquer um – quem fosse
encontrado com elas seria imediatamente preso). Pressuporia defesa nacional
extremamente competente (como no Canadá e China).
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75 a 50
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Afirmação parcial: o povo gabaritado (sob
prova psicológica) também, como nos EUA, onde há 270 milhões de armas em
situação política maciçamente perigosa em caso de declínio socioeconômico, de
crise, de colapso.
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50 a 25
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Os portadores brasileiros querem essa tese
do Clube do Rifle americano, com base na emenda deles (que é de outra
realidade).
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Afirmação total: TODOS poderiam portar armas,
inclusive os bandidos (ninguém esposa essa tese).
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25 a 00
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INCIVILIDADE TOTAL (sociedade
selvagens).
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Esse é o enquadramento lógico.
Os portadores são medrosos, não são
corajosos, e não querem a coletividade, querem a individualidade (entrincheiro-me
e defendo a mim e minha família, abandono os outros). Covardia, falta de
maturidade, incompreensão do melhor mundo, o do respeito de todos e cada um a
cada um e todos.
Vitória, sexta-feira, 21 de abril de 2017.
GAVA.
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