sexta-feira, 21 de abril de 2017


A GH nos Cemitérios

 

                            Não é geo-história DOS cemitérios, o que também seria interessante, traçar a evolução/revolução/reevolução dos chamados “campos santos”, em que os corpos desabitados de almas são postos desde a Antiguidade, primeiro dos hominídeos desde 10 milhões de anos, dos sapiens desde 100, 50 ou 35 mil anos atrás, dos seres humanos geo-históricos desde 3,5 mil antes de Cristo, invenção da escrita na Suméria, até a presente data, nos AMBIENTES (mundo, nações, estados e municípios/cidades) todas e cada uma das PESSOAS (empresas, grupos, famílias e indivíduos). De fato, empresas também morrem em grande número, especialmente as microempresas, que têm alta taxa de mortalidade no primeiro ano de vida. Temos cuidado apenas do enterro de indivíduos, mas a realidade poderia ser muito mais ampla e espero mesmo que minha filha, Clara, que está estudando para ser historiadora, se embrenhe nessa contagem TAMBÉM.

                            Olhe e veja que nos cemitérios, se não estão enterrados todos os mais importantes, os que se destacaram, deve estar a maioria, restando poucos para os quintais e lugares especiais. E através deles, desses mortos ilustres, pode-se contar a geo-história dos ambientes e das empresas. Pode-se mostrar as lápides nas ruas da “cidade dos mortos”. Pode-se contar como eram enterradas as pessoas desde a Antiguidade.

                            Quanta GH existe em cada cemitério determinado, por exemplo, no de Santo Antônio, no contorno da Ilha de Vitória, o cemitério colocado naquela comunidade? Ao contar a GH contida ali os geo-historiadores fariam o povo se interessar pelo “chão sagrado” e simultaneamente pela GH. Podiam ser mostradas as lápides com as inscrições mais interessantes, os mausoléus (inspirados no túmulo de Mausolo - morto em 353 antes de Cristo, rei da Cária de 377 a 353 a.C.; a Cária foi antiga região da Ásia Menor, no Mar Egeu, cujas cidades principais foram Mileto, onde viveu Tales, um dos Sete Sábios, e Helicarnasso -, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo).

                            Cemitérios estão em toda parte, de modo que falar deles pode render um livro alentado e bastante dinheiro no mundo inteiro; e ninguém, basicamente, falou muito deles. Há cemitérios no primeiro mundo até no quinto mundo; ricos, médios-altos, médios, pobres e miseráveis; seguindo as religiões; em todos os países (são mais de 200), em numerosos estilos, públicos e privados (estes estão ganhando muito dinheiro). Dá até para fazer um programáquina Cemitério 1.0, progredindo à Microsoft de três em três anos.

                            Vitória, segunda-feira, 29 de dezembro de 2003.

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