Psicologia
Externinterna
Os sentidos são
externinternos, como venho anunciando há tempos, o que, tempos depois (o modelo
principiou em agosto/1992) o livro Matrix
(Bem-Vindo ao Deserto do Real), São Paulo, Madras, 2003 (sobre original
americano de 2002), coletânea de Willian Irwin, disse em Prólogo a Matrix, de Marcos Torrigo, p. 23: “Além disso, tudo o que
é captado pelos sentidos é interpretado pela programação do cérebro. Este
programa foi criado, de um lado, pela seleção evolutiva natural a todas as espécies
e, de outro, por nossas próprias criações. Programas gerando programas, dando
origem ao que chamamos de sociedade”.
Chamei de
sentidinterpretação externinterna, pois existe um sistema visual externo e um
interno, mas o que é de fora existe mesmo, sendo o que vemos dentro de nós um
índice de nossos interesses. Na verdade vemos enquanto PESSOAS (indivíduos,
famílias, grupos e empresas) e enquanto AMBIENTES (municípios/cidades, estados,
nações e mundos), conforme as sanções do Conhecimento (Magia/Arte,
Teologia/Religião, Filosofia/ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral. O
modelo é muito mais complexo e explicativo.
Agora devemos ver a
Psicologia como externinterna também, ou seja, há figuras ou psicanálises E/I,
há objetivos ou psico-sínteses PARA FORA que se refletem para dentro, há
produções ou economias externas que criam dependências mentais, há organizações
ou sociologias que nos condicionam, há desenhos de espaçotempos ou
geo-histórias que nos fazem crentes ou descrentes de tal ou qual caminho.
Quando as pessoas
migram, elas levam seus ambientes consigo e só a muito custo conseguem, se o
fazem, descomprometer-se com eles. Só com grande dificuldade abandonam a idéia
que tinham de cidade e se inserem na nova cidade real onde estão, o que,
podemos dizer, os torna presas dos que vendem recordações. Para cada pessoa e
ambiente há um reflexo ou construção virtual mental e arrastamos por toda a
vida esse grande rabo ideal em nossas existências ou realidades. Isso, entre
outras coisas, nos permitiria descobrir os espiões, porque nenhum treinamento
conseguirá desvestí-los de suas identidades passadas (mas descobrir realmente
seria difícil, porque não temos instrumentos de medição psicológica tão
afinados que nos permitam de fato realizar essa medição fina). Os “detectores
de mentiras” visam justamente encontrar tais rastros.
Vitória,
sexta-feira, 10 de outubro de 2003.
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