sábado, 25 de março de 2017


Psicologia Externinterna

 

                            Os sentidos são externinternos, como venho anunciando há tempos, o que, tempos depois (o modelo principiou em agosto/1992) o livro Matrix (Bem-Vindo ao Deserto do Real), São Paulo, Madras, 2003 (sobre original americano de 2002), coletânea de Willian Irwin, disse em Prólogo a Matrix, de Marcos Torrigo, p. 23: “Além disso, tudo o que é captado pelos sentidos é interpretado pela programação do cérebro. Este programa foi criado, de um lado, pela seleção evolutiva natural a todas as espécies e, de outro, por nossas próprias criações. Programas gerando programas, dando origem ao que chamamos de sociedade”.

                            Chamei de sentidinterpretação externinterna, pois existe um sistema visual externo e um interno, mas o que é de fora existe mesmo, sendo o que vemos dentro de nós um índice de nossos interesses. Na verdade vemos enquanto PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e enquanto AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundos), conforme as sanções do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral. O modelo é muito mais complexo e explicativo.

                            Agora devemos ver a Psicologia como externinterna também, ou seja, há figuras ou psicanálises E/I, há objetivos ou psico-sínteses PARA FORA que se refletem para dentro, há produções ou economias externas que criam dependências mentais, há organizações ou sociologias que nos condicionam, há desenhos de espaçotempos ou geo-histórias que nos fazem crentes ou descrentes de tal ou qual caminho.

                            Quando as pessoas migram, elas levam seus ambientes consigo e só a muito custo conseguem, se o fazem, descomprometer-se com eles. Só com grande dificuldade abandonam a idéia que tinham de cidade e se inserem na nova cidade real onde estão, o que, podemos dizer, os torna presas dos que vendem recordações. Para cada pessoa e ambiente há um reflexo ou construção virtual mental e arrastamos por toda a vida esse grande rabo ideal em nossas existências ou realidades. Isso, entre outras coisas, nos permitiria descobrir os espiões, porque nenhum treinamento conseguirá desvestí-los de suas identidades passadas (mas descobrir realmente seria difícil, porque não temos instrumentos de medição psicológica tão afinados que nos permitam de fato realizar essa medição fina). Os “detectores de mentiras” visam justamente encontrar tais rastros.

                            Vitória, sexta-feira, 10 de outubro de 2003.

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