Petrol/ES
As reservas
confirmadas de petróleo no ES eram de dois bilhões de barris, mas na última
semana foram anunciadas outras de 800 milhões de barris. Eu achava aqueles dois
bilhões pouco, porque o Brasil importava em 2000 145,4 milhões de barris/ano
(28 %) e produzia internamente 374,4 (72 %), somando 519,8 milhões de
barris/ano. Se fossem suprir o Brasil as reservas do ES mal dariam para quatro
anos e mesmo se contássemos apenas a produção interna pouco passariam de seis
anos. Entrementes, se contarmos que a produção econômica do ES fica em torno de
2,5 % do total nacional, nossas reservas nos abasteceriam por 153 anos.
Segundo o Almanaque Abril 2002 (que se apoiou no Anuário Estatístico da Indústria do
Petróleo de 2000), o Brasil ocupava o 15º lugar nas reservas mundiais, com
8,2 bilhões de barris dos quais, surpreendentemente, o ES ficaria com 25 %.
Contando que o
barril estava a US$ 33 em outubro de 2000, mas considerando um valor mais
modesto de US$ 25/barril, podemos pensar que as reservas do ES valiam 50
bilhões de dólares, tendo sido acrescentados da noite para o dia outros 800
milhões de barris ou 20 bilhões de dólares. Se os direitos renderem 5 % (não
sei quanto), isso significaria 3,5 bilhões de dólares para o estado e as
prefeituras que sediam extração.
Pode parecer pouco,
mas a Arábia Saudita, que detém as maiores reservas, tinha 168 bilhões de
barris (preço total de 4,2 trilhões de dólares), 90 vezes a reserva anterior,
60 vezes a nova soma, que vai crescendo.
Como a PETROBRAS
significa Petróleo Brasileiro S.A., bem que podíamos ter uma companhia geral de
energia e dentro dela a Petróleo Capixaba S.A., PETROL/ES, mesmo que fosse só
uma Companhia voltada para estudos, unicamente, e não efetivamente
participante. Apenas um grupo-tarefa.
Faz todo sentido
investigar mais.
Vitória, sábado, 04
de outubro de 2003.
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