quarta-feira, 22 de março de 2017


Perseguição a Jesus

 

                            No canal pago HBO passaram em vários dias de setembro/2003 dois supostos filmes-documentários, Vídeo de Jesus, partes um e dois, direção de Sebastian Niemann, com Matthias Koeberlin e outros, em que a estória gira em torno de uma imaginária câmara de três anos no futuro que é encontrada no presente, mostrando a filmagem feita por um viajante do tempo na época de Jesus, sugerindo que ele estava mesmo na caverna, mas morto definitivamente, sem ressuscitar dos mortos e sem ascender aos céus. Ou seja, lá se vai a ressurreição, dogma central da Igreja, a divindade de Cristo, a Ascensão, a volta para julgamentos dos mortos, etc., tudo numa pazada de cal.

                            E houve aquele outro filme com Antônio Banderas, O Corpo, que também é blasfemo, insulto ao sagrado, além de que vários duvidaram da existência de Jesus (mas não de Maomé, que é de 600 anos depois, nem de Confúcio ou Buda, de 600 anos antes, ou de Moisés, de 1.200 anos antes; só de Jesus, de Lao Tse, de Pitágoras, os que de fato incomodaram), como, digamos, Garbe (veja artigo do Livro 40, Garbe Inexistente) e outros.

                            Jesus deve ter sido um cada bacana, porque mesmo dois mil anos depois há alguns irritados (e não são poucos) com ele e o que disse. Mesmo dois mil anos após sua morte sua mensagem revolucionária continua incomodando os poderosos, apesar de tudo de ruim que fizeram em seu nome. Quantos podem esperar que sua mensagem continue revirando o mundo de ponta-cabeça passados dois milênios? E Pitágoras e Lao Tse, que são de 600 anos antes de Cristo – também com eles há gente irritada até hoje. Que fenômeno, hem? Dá vontade da gente aprofundar a leitura desses e de outros camaradinhas.

                            E tanto mais interessante que há gente que se levanta para defendê-los, passados dois milênios. Quanto se levantarão para defender Banderas ou Matthias daqui a 30 anos?

                            Vitória, domingo, 05 de outubro de 2003.

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