O Povo da Noite
Ficando no novo
hospital da UNIMED/ES para a operação de ponte de safena o período inicial de preparação,
depois o da cirurgia, o da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo, ou CTI, Centro
de Tratamento Intensivo), depois o de recuperação inicial no quarto onde já
tinha estado, pude refletir mais uma vez sobre aquela gente que trabalha
durante a noite, quando todos os demais estão ressonando. Já comentei isso
várias vezes, porque tenho grande apreço por eles e elas.
A questão que desejo
abordar aqui é aquela da expansão das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e
empresas) e dos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundos). Mais
de seis bilhões de indivíduos cobrem quase todas as porções de terras emersas,
e de noite pode-se ver na água as luzes dos barcos pesqueiros, tantos a ponto
de conjuntamente brilharem mais que cidades inteiras e grupos delas. Pode não
ser nada em termos de grandeza do universo, porque ele é ENORME mesmo, mas dá
um calor no corpo da gente! De dia e de noite, em todo quadrante, todo
cruzamento de linha vertical de longitude com linha horizontal de latitude, em
qualquer pontinho da Terra há chance de um ser humano estar dormindo ou
trabalhando acima do solo, ao nível dele ou abaixo. E mesmo quando os demais estão
- muito justamente depois de suas cargas diárias de trabalho - descansado,
outros tomarão seus lugares, pois a humanidade nunca dorme, enquanto coletivo
de produção.
Naturalmente
trabalhar à noite é ainda mais difícil e ver os (as) médicos (as) e as (os)
enfermeiras (os) e demais atendentes trabalhando é deveras gratificante. Aqui o
meu aplauso a todos eles e elas em todo o mundo.
Vitória,
quarta-feira, 20 de agosto de 2003.
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