O Álbum e as
Figurinhas
Estivemos
raciocinando que não é conveniente a figurinha 17 ficar na página 28, por
exemplo, um garoto de 17 anos tentar se comportar como se tivesse 28. Nem uma
figurinha de 53 querer entrar na página 22. Pega mal, destoa, é até acintoso,
como aquilo que nosso amigo RLB chamou outrora de “infantomonstros”, as
crianças que são vestidas de adultos, até de terno. Nem as baby-bruxas, como as
denominei, as mulheres que tendo 35 anos querem passar por garotinhas de 21,
com minissaias e decotes, com bijuterias e trejeitos. Não que a pessoa não
possa ser ousada – pode e deve, e é da natureza da liberdade, do livre-arbítrio
podermos nos expressar de qualquer modo, à custa de zombaria que seja, mas
produzindo os enfrentamentos formais e conceituais que tanto bem fazem à
coletividade.
A questão justamente
é a inserção cognitiva, a propriedade do equilíbrio formestrutural, a intenção
ativa ou passiva de não produzir dissonância ou desacerto ou descompensação
polar dos pares. Como diz o povo de forma tão risível, “cada qual com seu cada
qual”.
E assim deveria ser sem
protocolo para os conjuntos todos das pessoambientes: para as PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) e para os AMBIENTES
(municípios/cidades, estados, nações e mundos), seguindo aquele conselho – “vá
procurar sua turma”, turma = TEMPO = TIME, na Rede Cognata (veja Rede e Grade Signalíticas, no Livro 2),
quer dizer, vá a busca do SEU ritmo de vida psicológica e biológica.
Não há – o que é
deveras extraordinário – nenhum movimento compensatório por parte dos
governempresas, fora dos elementos ou modelos tradicionais, de equiparação ou
“equilibração”, digamos assim, das descompensações. Nem há estudo da Academia,
o conjunto das instituições e universidades, para a re-equilibração dos
conjuntos, o casamento do Álbum geral com as figurinhas todas. Cada qual e
todos somos deixados sozinhos, às vezes produzindo-se as acomodações erradas,
porque algum tolo supôs que o impulsivo acaso levaria ao encaixe de todas as
peças. Ninguém dispôs um órgão para dar amparo psicológico à aproximação dos
conjuntos, o que levou a todas essas tragédias que vemos na contemporaneidade.
Não houve quem redimisse os desacertos com aconselhamento psicológico aos
conjuntos, promovendo a aproximação harmônica deles. Não admira mesmo nada que
tudo vá pelo pior e a figurinha 12 vá parar em atitudes que seriam apenas de
adultos, com deplorável sexualização precoce. Fizeram muita besteira. Foram os
espertinhos de plantão. Santa estupidez.
Vitória, terça-feira,
29 de julho de 2003.
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