domingo, 5 de março de 2017


Navio Fantasma

 

                            Vi há pouco o filme com esse título e Gabriel Byrne no falso papel principal. Não é ruim e não cai na mesmice do sub-gênero, podendo mesmo ser considerado senão bom, pelo menos passável. Dado que fantasma = SOMBRAS (se F = S), na Rede Cognata (veja Rede e Grade Signalíticas, Livro 2) e nave = NOVE, podemos pensar que um navio fantasma sejam NOVE SOMBRAS, sendo o nove, tradicionalmente número dos magos. Se ajuntarmos a isso que tenha trafegado entre dois mundos, passando pela “fenda dimensional”, como diz a ficção de revistinha, está dado a base do enredo.

                            Naturalmente alguém descobre e percebe progressivamente que não é terrestre. Aí chegam os militares, acampam no navio e vão a busca de livros, de CD’s, de DVD’s, enfim das bases de dados, e das armas. Outras nações se metem, mas tudo às claras, com objetos bem desenhados pelos artistas, com serventia às suas funções, com corpos (esqueletos que sejam) bem visíveis, tudo muito bem exposto. Nasce toda uma nova visão de mundo, com reportagens na mídia.

                            Para tornar atrativo, pode cair no terror de os esqueletos, nos museus a que foram levados, a partir de certo instante completarem-se de carne e saírem construindo uma nova civilização, que em tese iria ocupar o lugar da terrestre. Daí basta os roteiristas colocarem substância na trama. É como se fosse um comando de ocupação que construirá o “portal dimensional” que trará mais ocupantes, etc, as outras sombras. Quando os cientistas falham os magos terrestres são chamados para suas conjuras.

                            Vitória, domingo, 27 de julho de 2003.

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