domingo, 26 de março de 2017


Fora do Alcance

 

                            A seguir há uma lista em inglês (não sei traduzir tudo, nem vou usar o dicionário eletrônico, mas alguém pode fazer isso). Grande parte das coisas, até onde posso compreender, está fora do nosso terceiro-alcance, digamos assim, de terceiro mundo (na realidade, desde o Livro 45, cinco mundos). Viver em PRIMEIRO-ALCANCE, no primeiro mundo, ou em segundo-alcance, é fácil, relativamente a viver e aspirar em mundos atrasados, de elites atrasadas que atrasam o povo.

                            Assim, olhando desde agoraqui, pouco podemos fazer com o pouco que nos é dado possuir, especialmente sendo pobre ou miserável, (50 + 30) % = 80 %, com 20 % da renda, razão de 16/1, como no Brasil. Sendo cooptadas elites, ricos e médios-altos, (5 + 15) % = 20 % com 80 % da renda, é diferente, está-se quase ao mesmo nível dos de lá. Fogo é tentar ver e agir desde a pobreza que, por exemplo, optei por partilhar até certo tempo atrás.

                            Como operar em condições africanas gerais ou latinamericanas?

                            Quando você vive na Califórnia ou no Texas, estados mais ricos da nação mais rica, você tem primeiros-objetos e primeiros-processos, primeiras-máquinas e primeiros-programas, primeiros programáquinas e primeiros processobjetos – é fácil fazer, não se está além das dificuldades lógicas, ao passo que em relação a eles estamos corpomentalmente subnutridos, subumanizados. É fácil dizer: “aqueles lá (nós) não fazem grandes coisas”. Se as elites daqui são incompetentes não existem desculpas para elas, mas o povo deve ser justificado. Fazer no terceiro-mundo, com terceiros programáquinas e terceiros processobjetos, é difícil, mormente se neles você ainda está em terceira ou quarta posição, quer dizer, na situação incômoda de terceiro-do-terceiro (1/9) ou quarto-do-terceiro (1/12), ou, pior ainda, terceiro-do-quarto (1/12) ou quarto-do-quarto (1/16). Não é fácil, pode acreditar, pois além de vencer as primeiras e segundas descrenças temos de vencer como povo as descrenças das elites locais.

                            É um peso!

                            Vitória, quarta-feira, 15 de outubro de 2003.

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