sexta-feira, 24 de março de 2017


Escola de Urbanização

 

                            No modelo a urbanização, ato permanente de urbanizar, é uma das (até agora identificadas 22) tecnartes, técnicas/artes, portanto compondo-se tanto de tecnociências quanto de magicartes. É um Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) da T/A de criar as urbes ou cidades.

                            Dessa escola deveriam participar as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo) por seus representantes, em grupos próprios, quer dizer, o Grupo Empresarial de Estudo das Cidades. As pessoambientes agem como se odiassem (e as cidades grandes, particularmente, são odiadas mesmo) seus locais de moradia. Não há outro planeta para ir, não há mais fronteiras, não dá para fugir – é preciso aprender a gostar daquilo que temos e dos lugares onde estamos: de logradouros (ruas, avenidas, praças), de quadras, de bairros e distritos, das cidades, dos municípios fazendo, disso, profissão de fé. Não vejo ninguém criando Grupos de Amor às Cidades, embora existam grupos de Amigos do Bairro (apenas porque querem chauvinisticamente sobrepor o seu ao dos outros). As empresas só são convencidas a ajudar PORQUE podem abater o dinheiro aplicado do imposto de renda, isto é usar o que é pago pelo povo para fazer propaganda de si. Aí “adotam” uma praça, um jardim, uma rua, o que for. Claro, com o dos outros é fácil. Espontaneamente é que são elas. Onde viverão as empresas? Também não há outros lugares para as famílias senão os bairros onde moram.

                            Qual a razão de não existir uma Pedagogia da Urbanidade? Por quê não somos capazes de amar nossas cidades e temos com elas essa relação de ódio, muito mais que de amor? Agimos como se estivéssemos em trânsito, apenas de passagem, e não assentados definitivamente enquanto espécie nesses lugares. Que gente doida!

                            Vitória, domingo, 12 de outubro de 2003.

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