Cristo Vencedor
No livro de John
Henry, A Revolução Científica
(E as Origens da Ciência Moderna), Rio de Janeiro, JZE, 1998, p. 95, ele diz:
“O período da revolução cientifica coincide em grande medida com o começo do
capitalismo moderno. A tese do puritanismo-e-ciência, tal como originalmente
formulada ppr Robert K. Merton, foi inspirada em parte pela obra anterior do
sociólogo Max Weber, que a associou a suposta ética do trabalho protestante ao
‘espírito do capitalismo’. Merton estava interessado, portanto, não apenas em
crenças religiosas, mas em fatores sociais concomitantes, como a ascensão da
burguesia, as origens do capitalismo e o avanço rumo à reforma política. Ao
considerar estímulos econômicos para o aperfeiçoamento das técnicas de
mineração e as tecnologias associadas relativas à introdução de ar fresco e
remoção de água nas minas, melhorias no transporte e várias inovações
militares. Merton estava acrescentando sua voz à de vários outros historiadores
sociais e econômicos que escreveram na década de 1930. Desde então, muitos
outros historiadores tentaram forjam elos entre o capitalismo e aspectos de uma
nova ciência”.
Veja seqüência;
·
Cristãos
católicos
·
Protestantes
·
Ética
protestante do trabalho
·
Capitalismo
moderno
·
Avanços
tecnocientíficos.
Tudo deriva, podemos ver, do
cristianismo, que durante mil anos (476 a 1453, a chamada Idade Média ou das
Trevas) operou profunda transformação, como já mostrei, nos espíritos,
admitindo uma distância muito menor entre os ricos e médios-altos e os pobres e
miseráveis, em cada fase). Antigamente a distância entre patrícios e escravos
era imensa, aquela existente entre os humanos e os não-humanos, os bichos, os animais.
Depois chegamos aos burgueses e trabalhadores. Quem produziu esse
estreitamento, senão Cristo? Quem ensinou às almas mansamente a igualdade? Quem
a foi operando no pano de fundo? Na Antiguidade não havia o mínimo interesse em
injetar ar respirável novo nas minas e esgotar a água que levava à pneumonia e
à morte precoce porque os trabalhadores NÃO ERAM HUMANOS, morria um e entrava
outro no lugar. Se não há pesquisa não há desenvolvimento. Os estímulos para
melhoramento das técnicas de mineração não foram apenas econômicos, foram
cristãos, pois uma PSICOLOGIA CRISTÃ (figuras ou psicanálises cristãs,
objetivos ou psico-sínteses cristãs, produções ou economias cristãos,
organizações ou sociologia cristãs e espaçotempos ou geo-histórias cristãs)
estava em processo de elaboração lenta e firme. Certas coisas não eram mais
admitidas, progressivamente. Se não se podia trabalhar nos domingos ou nos
sétimos dias, e depois das seis da tarde, e era preciso fornecer um horário de
almoço porque “todos eram filhos de Deus”, irmãos em Cristo, evidentemente precisaram
de mais braços, que era preciso alimentar melhor, cuidar melhor.
A reunião da PREOCUPAÇÃO SOCIAL
JUDAICA com as REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NÓRDICA fez toda a diferença, porque de
um lado os de baixo mereciam respeito, que Cristo impusera duramente, do outro
havia a questão da representação em assembléia – uma voz um voto -, que veio
dos germânicos das tribos.
Não foi nenhum dos ramos isolados do
Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática) que disparou a criação mais ampla da cultura ou
nação ocidental. Foi Cristo que estando no centro ordenou o mundo humano. Ao
potencializar o Ocidente tornou-o dominante sobre os demais modos mundiais,
especialmente o Oriente, que vem se cristianizando, como tenho mostrado
sucessivamente. Assim, eu o proclamo, Cristo foi o Grande Vencedor, e com isso
uma nova era de acumulação deve ser começada.
Claro e cristalino, Cristo venceu.
Henry e todos como ele não enxergou o
cerne da questão, o eixo que conduziu toda a construção.
Vitória, sábado, 23 de agosto de 2003.
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