terça-feira, 7 de março de 2017


Cristo Vencedor

 

                            No livro de John Henry, A Revolução Científica (E as Origens da Ciência Moderna), Rio de Janeiro, JZE, 1998, p. 95, ele diz: “O período da revolução cientifica coincide em grande medida com o começo do capitalismo moderno. A tese do puritanismo-e-ciência, tal como originalmente formulada ppr Robert K. Merton, foi inspirada em parte pela obra anterior do sociólogo Max Weber, que a associou a suposta ética do trabalho protestante ao ‘espírito do capitalismo’. Merton estava interessado, portanto, não apenas em crenças religiosas, mas em fatores sociais concomitantes, como a ascensão da burguesia, as origens do capitalismo e o avanço rumo à reforma política. Ao considerar estímulos econômicos para o aperfeiçoamento das técnicas de mineração e as tecnologias associadas relativas à introdução de ar fresco e remoção de água nas minas, melhorias no transporte e várias inovações militares. Merton estava acrescentando sua voz à de vários outros historiadores sociais e econômicos que escreveram na década de 1930. Desde então, muitos outros historiadores tentaram forjam elos entre o capitalismo e aspectos de uma nova ciência”.

                            Veja seqüência;

·        Cristãos católicos

·        Protestantes

·        Ética protestante do trabalho

·        Capitalismo moderno

·        Avanços tecnocientíficos.

Tudo deriva, podemos ver, do cristianismo, que durante mil anos (476 a 1453, a chamada Idade Média ou das Trevas) operou profunda transformação, como já mostrei, nos espíritos, admitindo uma distância muito menor entre os ricos e médios-altos e os pobres e miseráveis, em cada fase). Antigamente a distância entre patrícios e escravos era imensa, aquela existente entre os humanos e os não-humanos, os bichos, os animais. Depois chegamos aos burgueses e trabalhadores. Quem produziu esse estreitamento, senão Cristo? Quem ensinou às almas mansamente a igualdade? Quem a foi operando no pano de fundo? Na Antiguidade não havia o mínimo interesse em injetar ar respirável novo nas minas e esgotar a água que levava à pneumonia e à morte precoce porque os trabalhadores NÃO ERAM HUMANOS, morria um e entrava outro no lugar. Se não há pesquisa não há desenvolvimento. Os estímulos para melhoramento das técnicas de mineração não foram apenas econômicos, foram cristãos, pois uma PSICOLOGIA CRISTÃ (figuras ou psicanálises cristãs, objetivos ou psico-sínteses cristãs, produções ou economias cristãos, organizações ou sociologia cristãs e espaçotempos ou geo-histórias cristãs) estava em processo de elaboração lenta e firme. Certas coisas não eram mais admitidas, progressivamente. Se não se podia trabalhar nos domingos ou nos sétimos dias, e depois das seis da tarde, e era preciso fornecer um horário de almoço porque “todos eram filhos de Deus”, irmãos em Cristo, evidentemente precisaram de mais braços, que era preciso alimentar melhor, cuidar melhor.

A reunião da PREOCUPAÇÃO SOCIAL JUDAICA com as REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NÓRDICA fez toda a diferença, porque de um lado os de baixo mereciam respeito, que Cristo impusera duramente, do outro havia a questão da representação em assembléia – uma voz um voto -, que veio dos germânicos das tribos.

Não foi nenhum dos ramos isolados do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) que disparou a criação mais ampla da cultura ou nação ocidental. Foi Cristo que estando no centro ordenou o mundo humano. Ao potencializar o Ocidente tornou-o dominante sobre os demais modos mundiais, especialmente o Oriente, que vem se cristianizando, como tenho mostrado sucessivamente. Assim, eu o proclamo, Cristo foi o Grande Vencedor, e com isso uma nova era de acumulação deve ser começada.

Claro e cristalino, Cristo venceu.

Henry e todos como ele não enxergou o cerne da questão, o eixo que conduziu toda a construção.

Vitória, sábado, 23 de agosto de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário