quinta-feira, 9 de março de 2017


Cristaloscópios

 

                            No espaço fora da Terra o ÍNDICE GRAVITACIONAL (que as pessoas chamariam “gravidade”) está próximo de zero, enquanto vetor de tração, porisso podemos pensar em bolhas d’água ou lentes que levem em conta a tensão superficial dos líquidos (ou gel), estando soltas ou amarradas dentro de argolas de metal, sejam fios, sejam fitas de qualquer comprimento, como círculos ou quaisquer figuras geométricas.

                            Imaginemos que ali estejam computadores processadores para realinhamento das lentes individuais quando necessário, para receber e enviar mensagens através de rádios-antenas, e teremos telescópios infinitamente mais poderosos que o Hubble ou qualquer outro possível ou imaginável. Obviamente podem ser cristais também, como lentes polidas, mas neste caso elas são de geometria fixa, não-variável, o que a água ou o gel possibilitaria, enquanto variação, até de emergência. Essa rede até serviria para mapeamento dos asteróides em posição gravitacional instável quanto ao objeto principal, a Terra.

                            Com eles poderíamos obter qualquer arranjo, desde para objetos próximos, digamos Marte, até quasares distantes. Poderíamos usar uma lent’água só, individualmente, para ver qualquer objeto próximo, digamos um satélite de passagem. De qualquer modo os robôs-montadores poderiam facilmente colocar as lentes em qualquer posição desejável, mais próxima ou mais distante, sem a necessidade de nenhum ser humano, apenas por operação remota, e elas poderiam ser consertadas ou apenas abandonadas (ficando marcadas, porque água sempre é preciosa).

                            Poderíamos fazer lente enormes, gigantescas mesmo, para ver bem fundo no universo, ou bem particularmente o próximo.

                            Vitória, quinta-feira, 04 de setembro de 2003.

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