Capital Mundial das
Drogas
Ouvi num filme
recente, Mais Velozes e Mais Furiosos,
que Miami, Flórida, EUA, é a capital mundial das drogas, triste fama.
Comprada a península
pelos EUA à Espanha em 1821, em 1959 a cidade recebeu os refugiados em fuga de Cuba,
desde aquele ano revolucionária. Miami fica a 24º 47’ N e 80º 12’ O, portanto
em paralelo equivalente ao de Curitiba, Paraná, Brasil, que é considerada
região fria por aqui. Lá é considerada ensolarada e quente. A Flórida inteira
fica entre 30 e 24 graus norte, diferença de seis graus ou cerca de 700 km. No
Brasil seria a faixa de pouco acima de Curitiba a pouco abaixo de Porto Alegre,
que aqui é frio de congelar os ossos no inverno.
A Flórida tem área
de 155.213 km2, 3,4 vezes os 45.597 km2 do Espírito
Santo, população de cerca de 15 milhões em 1998, coisa de 4,7 vezes a deste
estado. A capital não é Miami, mas Tallahassee, que tinha em 1990 menos de 125
mil habitantes, enquanto no mesmo ano Miami comportava quase 359 mil e Miami a
Fort Lauderdale 3.393 mil. Nos EUA as capitais não são as cidades mais
importantes, longe disso (o que é uma sabedoria, tirar o poder aos políticos).
O nome da península, descoberta em 1513, vem de Florida, florida mesmo, dado
pelos espanhóis por causa da profusão de flores.
Para lá fluem os
aposentados americanos e o lugar enche-se de milhões deles, pois é um dos
estados “ensolarados”, para os americanos bem quente. Acontece que para lá
foram os imigrados que fugiram dos rigores da revolução e também
porto-riquenhos e outros latinos, de modo que a região encheu-se de gente
falando espanhol e também de todo tipo de traficantes, já que está próxima das
áreas de abastecimento na Venezuela, no México, na Colômbia, em Cuba, em toda
parte norte da América Latina.
Sendo assim, uma
coisa muito boa tornou-se ao mesmo tempo uma coisa muito ruim, tendo a terrível
fama de CAPITAL MUNDIAL DAS DROGAS (não de um tipo só, de todas). Ali chegam e
dali partem todas as drogas que o mundo envia. É o centro de roteamento para os
EUA, maior mercado mundial, onde muitos e muitos milhões as consomem, com alto
e altíssimo poder de compra, à custa de empréstimos gerais, principalmente
japoneses.
Para quem se
produziria, se não houvesse compradores? Como as drogas custam caro, é preciso
pagar caro, e só que tem para isso são os americanos, europeus e japoneses
abonados. Assim, os verdadeiros produtores são eles, porque o mercado de -
digamos assim, inventando a palavra - XIVÓ é zero, dado que não há
consumidores. Pois Miami é a capital mundial dos produtores de drogas.
Vitória, sábado, 18
de outubro de 2003.
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