sábado, 25 de março de 2017


A Soma do Divórcio

 

                            A gente vê nos filmes, lê relatos, acompanha na coletividade as marcas e manchas do divórcio, cuja soma é zero, 50/50, tanto coisas boas quanto coisas ruins. Defendi outrora a instalação do divórcio no Brasil e sei que há alguns casos terríveis em que só a separação pode manter felizes ou até vivos os parceiros, de modo que não vai nenhuma crítica à permanência do instituto legal do divórcio, mas à forma excessiva com que vem sendo praticado.

                            Deveria haver uma exposição equilibrada, tão isenta quanto possível, dos danos que a ausência de pai (ou de mãe) pode causar na criação dos filhos, especialmente a falta dos homens, pois privação de autoridade reconhecida faz com que os filhos gritem com a mãe e desobedeçam ao padrasto, a quem sentem não dever fidelidade. O resultado é que muitos meninos e meninas se tornam drogados ou repelem o convívio social em favor de companhias que exacerbam as angústias e as dores.

                            O fato é que a nossa é uma coletividade mundialmente fraca, que prefere as soluções fáceis em lugar das difíceis, sendo destas o custo menor e muito menor; vamos sempre pelo caminho fácil. Assim, em lugar de discutir os problemas, em lugar de colocar ensinaprendizado do processo de divórcio, até o estimulamos, para nos livrarmos rapidamente do problema, para não haver “bate boca”. Já reclamei a presença de conselheiros das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e de AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo), no caso conselheiros matrimoniais, para as pessoas físicas ou naturais.

                            Creio que os pesquisadores poderiam e deveriam estudar o assunto a fundo, a serviço dos governempresas, em vez de deixar tudo à solta. Se as ciências físico-químicas merecem tanto atenção quanto mais não deveriam merecer as psicológicas/p.3, especialmente a psicologia do Casamento geral?

                            Vitória, domingo, 19 de outubro de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário