quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017


Vícios de Interação e a Sujeição das Mulheres

 

Já vimos que no MCES, Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens, há dois de tudo, por exemplo, duas medicinas, duas falas, duas memórias gerais, etc.; contudo, elas não são iguais, sequer se assemelham. A memória feminina é muito mais potente, é um grupo de cinco, é espacial e plana, elas podem falar em vários níveis simultaneamente, ao passo que nós temos memória linear e pontual, focada no objeto e no interlocutor.

Vivendo na caverna e no terreirão com 90 a 80 % de todos, tinha de ser assim, múltiplo uso-controle, cabresto em todo e cada um (o que provocava muitos ressentimentos violentos e destrutivos, que por seu lado geraram a diplomacia baixa das mulheres) ao passo que na caça os homens deveriam estar focados, sob pena de serem comidos ou despedaçados por carnívoros, doravante portadores (se sobreviventes) de respeitáveis e horrendas feridas (as mulheres ficavam espantadíssimas e hipnotizadas), pelas quais as mulheres nunca ou quase nunca passavam.

MEMÓRIAS FEMININAS

ESPACIAIS.
Estocagem (servirá tremendamente nos depósitos-armazéns e na organização geral).
Orientação no terreirão, rosa ESPACIAL dos ventos.
TEMPORAIS.
Estações de coleta.
Distribuição (o que a quem, proporcionalidade).
ESPAÇOTEMPORAIS.
Ordem de precedência, hierarquia das fêmeas (mama, menininha, mulher, mãe, nona-avó - a mãe-morta intriguenta e depreciativa).

Isso é que é disputa, hem?

Os homens fomos beneficiados com a desnecessidade de guardar tudo isso, a localização-acesso de cada objeto e pessoa no espaçotempo: não há pressão de controle, é só pegar a grande proteína e entregar (o que nos torna menos competitivos DEPOIS do trabalho feito, não durante o processo; e, se fomos poupados disso, há outras pinimbas, implicâncias, birras muito mais graves, especialmente na passagem sofrida dos garotinhos de primeiros a últimos, como já retratei).

Em todo caso, não só as menininhas não dão aquele salto terrível-libertador como seguem sofrendo o excesso linguístico, a cabeça entupida de zilhões de fatos e correlações: já é hora de começar a implicar com a avó? O avô defensor já está morto? As menininhas já chegaram à condição de começar a rejeitar comandos? Que se pode fazer para continuar perturbando-as sem que notem? E, claro, a impossível convivência com as outras mães, sem falar da vigilância das oferecidas mulheres.

Aquele nível muito alto de interação (exceto quando os majestosos homens voltados da caçada deviam ser paparicados, quando toda conversação se retraia ao mínimo – a conversação delas devia e deve ser extraordinário burburinho) cobrou preço muito alto também, os vícios de linguagem, entre os quais falar demais, falar continuamente, as linguagens cifradas e segue.

Tamanha riqueza de vocabulário (quase todo ele deve ter sido inventado por elas), tão frenética troca de impressões DE MEMÓRIA sujeitou-as para sempre ao uso e abuso da linguagem, o que podemos ver nos telefones celulares (aliás, seria um teste magnífico, coloca-las em estado de privação de celular). Maravilhosos estudos psicológicos reverberarão no planeta, todo um rico filão, porque, como já ficou dito também, elas tinham e têm VÁRIOS NÍVEIS DE FALAR (no ramo feminino, todas elas, e com os laterais, dentre os quais os 25 % de garotinhos adorados, avôs, anões, guerreiros em processo de cura, deficientes, etc.).

Enfim, o linguajar feminino é uma das mais extraordinárias criações de Natureza – e pensar que até recentemente com o MCES nem atinávamos a isso!

Vitória, quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017.

GAVA.

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